Encontro discute obras de Pasolini que abordam a dinâmica do poder

Nos dias 8 e 9 de novembro, em Curitiba, o encontro “Pasolini n° 3 – a Anarquia do Poder” discutirá a obra do cineasta italiano. O evento ocorrerá na rua General Carneiro, 460, Ed. D. Pedro I, 1º Andar, Campus Reitoria-UFPR (Curitiba-Pr) e terá a presença de pesquisadores de universidades de diferentes locais do país.
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“Pasolini n.3: a anarquia do poder” é o terceiro encontro realizado, em âmbito nacional, entre estudiosos da obra de Pier Paolo Pasolini. Tendo como horizonte de discussão os últimos anos de vida do poeta e cineasta italiano, terá conferências relacionadas às análises e obras de Pasolini que concernem à dinâmica do poder, bem como dos desdobramentos dessas leituras pasolinianas no contemporâneo.

Em 1975, numa entrevista concedida durante as gravações de “Salò, ou os 120 dias de Sodoma”, Pier Paolo Pasolini declara: “Nada é mais anárquico que o poder. O poder faz praticamente o que quer, e o que o poder quer é completamente arbitrário ou ditado por necessidades de caráter econômico que escapam da lógica comum. Eu detesto sobretudo o poder de hoje. Cada um odeia o poder a que se submete, portanto, eu odeio com particular veemência o poder destes dias. É um poder que manipula os corpos de uma maneira horrível, que nada inveja da manipulação feita por Himmler ou Hitler.”

O evento é organizado pelos núcleos NAVIS (Núcleo de Artes Visuais), AMENA (Linha de Pesquisa “Arte, Memória e Narrativa” do Programa de Pós-Graduação em História da UFPR), SPECIES (Núcleo de Antropologia Especulativa), com o apoio do Programa de Pós-Graduação em História da UFPR (PPGHIS), do Setor de Ciências Humanas da UFPR, do Departamento de História da UFPR e da CAPES.

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Pier Paolo Pasolini (Bolonha, 5 de março de 1922 — Óstia, 2 de novembro de 1975) foi um cineasta, poeta e escritor italiano. Em texto publicado no site Entretextos, da USP, a jornalista Elizabeth Lorenzotti classifica o cineasta dessa maneira. “Militante do Partido Comunista Italiano na juventude, do qual foi expulso, rebelde combatente da liberdade, homossexual assumido, voz solitária e independente, Pasolini dirigiu sua metralhadora giratória contra os preconceitos, contra a moral burguesa, contra a política oficial, contra a esquerda e a direita oficiais, contra liberais e radicais”.

Informações no evento do Facebook.

Pesquisadores convidados:

Rodrigo Karmy (Universidade do Chile)

Davi Pessoa (UERJ)

Maria Betania Amoroso (Unicamp)

Jordi CH (UFCG)

Mauricio Santana Dias (USP)

Alex Calheiros (UnB)

Jonnefer Barbosa (PUC-SP)

Manoel Ricardo de Lima (Unirio)

Vinícius Nicastro Honesko (UFPR)

 

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