Programação do Festival Coolritiba hoje tem Jorge Ben, Otto, Silva e Criolo. Apresentações começam no início da tarde
Os Los Hermanos formam uma banda que não tem apenas admiradores. Tem uma legião de fãs. Fãs que estavam ansiosos por reencontrar a banda sete anos depois do último show na capital paranaense. E que saíram recompensados da noite dessa sexta-feira, 10, do Coolritiba Festival.
O show mostrou a banda, apesar do tempo longe da estrada, entrosada e com o mesmo vigor de outros tempos, tocando o melhor de seu repertório, e sendo acompanhada pelo público música a música, como não poderia ser diferente num show dos Los Hermanos. Não faltou nenhuma canção durante as cerca de duas horas de show. Ponto alto para a bela versão de “De onde vem a calma”, “Último romance” e “Conversa de botas batidas” (a Hey Jude do rock nacional), que encerrou o primeiro bloco, antes do bis.
Para a banda, também era uma noite especial, que comemorava os 20 anos de carreira. A atmosfera incrível da Pedreira e a super produção do evento faziam do Coolritiba o palco ideal. Mas era preciso corresponder no palco. E os Los Hermanos não fizeram feio.
Musicalmente, irrepreensível. Tecnicamente, o show também foi perfeito – som, palco, luzes.
Alguns espectadores, antes da apresentação, mostravam preocupação. A Pedreira estava escura, era difícil visualizar até os amigos. Alguns ligavam a lanterna do celular, na tentativa de encontrar seus conhecidos. O show de Tim Bernardes, que precedeu os Los Hermanos, foi igualmente escuro, por ter uma proposta intimista. Não houve telão. Será que não deu tempo de terminar a instalação para o primeiro dia? Que nada. O Festival buscou fazer um crescente e, quando a atração principal subiu ao palco, a Pedreira se iluminou e os telões se acenderam, mesclando imagens do público e banda – tal qual fossem uma coisa só – durante todo o show.
Para os fãs, muitos vindos de locais distantes, um reencontro emocionante. O termômetro pós-show, nas rodas de conversa, confirmavava: Os Los Hermanos, por mais que nao queiram mais ser vencedores, saíram vitorioso.
E também como não poderia ser diferente no atual momento do país, em tempos de cortes na verba de universidades e liberação de armas, o show teve “homenagens” por parte da plateia a Bolsonaro.
Hoje tem mais
O Coolritiba segue neste sábado com mais 12 horas de música. Às 13 horas, a programação começa, com o show do Machete Bomb. Silva toca às 15h15, Criolo às 18h10, Otto às 20h30 e Jorge Ben às 21h30.
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