Volume de barragens da Região Metropolitana cai para 33%

Situação é dramática. Mesmo que chova e bastante, sistema de abastecimento deve continuar no “cheque especial”

Nas barragens do Piraquara 1, acesso à chaminé que era feito por barco, agora pode ser feito a pé. FOTO: Divulgação Sanepar

A estiagem gerou impacto no Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba. Nesta quarta-feira (09/09), o volume das barragens caiu para 33,8%, enquanto na última sexta-feira era de 34,5%. A barragem mais atingida é a de Iraí, que opera com apenas 20% da capacidade.

Segundo a Sanepar, a falta de chuvas na Região Metropolitana de Curitiba gerou, em relação à média histórica. um déficit de 618 milímetros, no período de junho de 2019 a agosto de 2020. A companhia ainda informa que esse saldo negativo é o maior dos últimos 22 anos, quando teve início a medição dos índices pluviométricos pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

A estiagem prolongada, conforme a Sanepar, reforça a necessidade do rodízio no abastecimento e do uso racional da água.

Nos próximos meses, a previsão meteorológica sinaliza um cenário pouco animador para reduzir o déficit de chuva, segundo o Simepar. “Pelo que observamos, esta Primavera deverá ser ligeiramente mais seca do que a média”, afirma o meteorologista da instituição Reinaldo Knaip, em entrevista à assessoria da Sanepar.

Dessa forma, a Sanepar destaca que, mesmo que chova, ainda assim será necessário repor o déficit dos 618 mm para normalização do abastecimento da Região Metropolitana de Curitiba. Caso contrário, não é possível pôr fim ao rodízio, que se iniciou em março.

“O consumo mensal de água na RMC equivale a chuvas de 100 mm. Mas não podemos esquecer nosso déficit. Por isso, é fundamental manter a meta de redução de 20% no consumo de água. É como pagar as contas. Mesmo que chova 100 mm, e dê para o gasto mensal, ainda continuamos no cheque especial”, compara o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.

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