Gilberto Gil comovente, Marisa Monte deslumbrante, Mano Brown potente: como foi o Coolritiba 2023

Gilberto Gil garantiu um dos melhores shows que o Coolritiba já viu. Foto: Eduardo Matysiak

Por Guilherme Bittar e Eduardo Matysiak

Quando tem Coolritiba parte do roteiro nunca muda: pedreira lotada, programação intensa com qualidade, representatividade, diversidade de gêneros musicais, públicos e idades. Novamente, tudo isso estava lá e de maneira ainda mais desafiante.

Muitas pessoas que, talvez, só fossem para os shows finais, começando por Mano Brown, às 20h30, chegaram cedo – por volta das 14h – para ver Alceu Valença. Quem se antecipou e assistiu ao show do pernambucano não se arrependeu.

Da mesma forma, muitos que talvez não ficassem até o final, permaneceram para Gilberto Gil e Marisa Monte – de longe, os artistas mais ovacionados pelo público.

E aqui já fazemos um parêntese para o nosso destaque. Gilberto Gil foi estrondoso e fez o melhor show disparado –o que mais se conectou com a plateia e mais fez o público cantar, pular e sair do chão. Valeria a pena ter ido ao evento mesmo que fosse só para ver essa apresentação apoteótica. Um show generoso na escolha de um repertório repleto de clássicos, um seguido de outro. No auge de seus 80 anos, Gilberto Gil mostrou que está em excelente forma, com um carisma e magnetismo que só aumentam.

Durante a apresentação, o baiano ainda destacou a ligação dele com Curitiba e homenageou a família Leminski, dedicando a música “Estrela” à filha do poeta curitibano, Estrela Leminski. (Assista)

De todas as quatro edições do Coolritiba, o show de Gil certamente entra para a lista dos melhores, junto com Novos Baianos, Jorge Ben e Baianasystem.

Fotos/ Eduardo Matysiak / Reverbero

Outros destaques da edição 2023 foram Marisa Monte, Mano Brown e, sim, Fresno, que fez uma apresentação simpática e emocionante. Não foram poucos os que choraram ao final, quando um dos integrantes homenageou o pai, morto um dia antes. “Esse show é para você que está lá em cima”, disse. E teve até versão de “Eva”, levando o público à ultima astronave.

Marisa Monte trouxe leveza e doçura à programação, com figurino, performance e repertório deslumbrantes. Mano Brown garantiu potência sonora e poética. Sandy entrou depois. Para aqueles que queriam clássicos da época da dupla com Junior, teve “A Lenda”, o melhor momento da apresentação.

Novidade

Uma novidade este ano foi a inclusão de um segundo palco principal. Com dois palcos igualmente importantes, o festival ganhou agilidade entre as trocas de artistas e deve ter sido um alívio para os técnicos do evento.

Pontos altos:

– Marisa Monte

– Mano Brown

– Fresno (surpreendente)

Ponto altíssimo

– Gilberto Gil (divindade não se discute)

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