200 famílias de Curitiba não têm mais onde morar, após a ação de despejo forçado da ocupação Resistência Forte, realizada na manhã de hoje, 10 de maio, no bairro Campo Comprido, com uso de helicóptero e efetivo de 250 policiais militares e batalhão de choque.
“Condenamos e acusamos o governo Ratinho Jr, o prefeito Rafael Greca e seu ‘prefeiturável’ vice Eduardo Pimentel pela negligência com o destino de 200 famílias”, afirma a Frente de Organização dos Trabalhadores FORT, organização que luta por moradia. “O que causa indignação é o fato de que as famílias não tiveram direito a qualquer processo de mediação e negociação”, completa o @fort_org
O despejo acontece um dia após protesto em frente ao Palácio do Iguaçu e reunão com a Superintendência de Diálogo e Interação Social (SUDIS), que havia mostrado, conforme o FORT, disposição de mediar proposta de acordo oferecido pela Resistência Forte junto ao poder público e proprietários. “Mas logo de manhã, como mostram vídeos, ficou evidente a pressa da justiça para resolver o “serviço””.
A luta agora é para impedir que 8 famílias na rua Olga de Araújo Espíndola, no Novo Mundo, tenham o mesmo destino. A organização busca mediação por parte da Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná.
“O resultado é que Curitiba e o Paraná seguem sendo desiguais, com enorme déficit de moradia, ao mesmo tempo em que não se aplicam políticas públicas, as companhias Cohab e Cohapar são inoperantes, e salta aos olhos a especulação imobiliária. Gente sem casa e muitas casas sem gente. Seguiremos na resistência, ao lado das organizações da campanha Despejo Zero e com todas as forças sociais do estado”, finaliza o FORT.
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