O desembargador Anderson Ricardo Fogaça, do Tribunal de Justiça do Paraná, determinou nesta quarta-feira, dia 12, que a servidora Regina de Oliveira Guilherme seja reintegrada ao cargo de Diretora Geral do Colégio Estadual Ary João Dresch, do município de Nova Londrina/PR.
Ela havia sido afastada pela Seed (Secretaria de Educação do Paraná) por, segundo a secretaria, participar da greve dos educadores contra a privatização da educação no Paraná.
Ao julgar um mandado de segurança, o desembargador apontou algumas irregularidades na resolução da Seed e deferiu o pedido liminar para suspender o ato administrativo que suspendeu a diretora.
“Em análise sumária, denota-se que o procedimento não obedeceu ao disposto na Lei nº 21.648/2023, especificamente ao § 2º do art. 29, que menciona a necessidade de que a apuração preliminar seja feita por comissão composta por, no mínimo, três membros.
O magistrado ainda destacou a necessidade de que fosse observado direito à ampla defesa.
“Ainda, em cognição não exauriente, verifica-se que o ato atacado também não se mostra compatível com a Resolução nº 8.835/2023, que estabelece a necessidade de observar o contraditório e a ampla defesa para o afastamento “definitivo”, inexistindo regulamentação quanto ao afastamento temporário”.
“Ademais, o perigo da demora também se encontra presente no caso, vez que a impetrante está sendo privada do exercício da sua função de Diretora, e consequente não está recebendo o valor atinente à gratificação por ato praticado, em cognição sumária, de forma contrária à legislação”.
3 respostas
Justiça foi feita, é inadmissível que uma diretora eleita de forma democrática seja afastada dessa forma, esperamos que situações assim não voltem a ocorrer !
O perigo ronda a educação pública do Paraná e, consequentemente do país. Estamos num retrocesso democrático e de liberdade para exercer a profissão de educador concursado. O abuso de poder praticado pelos políticos vem crescendo a ponto de confundir a sociedade.
DEUS nos Proteja do avanço da direita e da extrema direita
Parabéns aos judiciário nesta ação. Falta as outras atrocidades do ratazana