Neste domingo, Oziel Branques dos Santos, de 42 anos, foi assassinado de maneira brutal ao tentar defender duas pessoas LGBTI+ que estavam sendo vítimas de agressões e ameaças dentro de um ônibus, em Curitiba.
Ele foi esfaqueado em um ônibus da linha Santa Cândida/Capão Raso, em Curitiba O caso gerou comoção e revolta, com diferentes manifestações.
“Oferecemos nossas mais sinceras condolências à família e aos amigos do homem que, em um gesto de extrema bravura, se levantou contra a injustiça e a intolerância. Sua empatia não será esquecida e deve servir como um poderoso lembrete da necessidade de combatermos o ódio e a violência em todas as suas formas”, afirmou o Grupo Dignidade, por meio de nota, colocando-se à disposição para acompanhar o caso.
“O Grupo Dignidade se compromete a acompanhar o caso de perto para garantir que todas as providências legais cabíveis sejam tomadas e que os autores sejam devidamente responsabilizados. Além disso, nos colocamos à disposição para a realização de atendimento psicológico e social tanto para os afetados diretamente pela LGBTIfobia, Camila Dias Marçal e Jean Carlos de Oliveira, como para os familiares de Oziel Branques dos Santos”.
O Grupo Dignidade ainda questiona: “É imprescindível nos questionarmos quem “afiou a faca”; qual a autoria intelectual dos crimes cometidos. Esta situação que está sendo imposta à nossa sociedade e adoecendo os indivíduos precisa ser interrompida imediatamente. Não podemos permanecer apáticos às inúmeras formas de violência que estamos sofrendo. Precisamos nos mobilizar!”
Repercussão política
O caso também despertou comoção no meio político. A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT) disse que “é triste e revoltante saber do assassinato de um homem de 40 anos dentro de um ônibus em Curitiba. O passageiro, ao tentar defender um casal vítima de homofobia, foi covardemente esfaqueado e não resistiu aos ferimentos. Infelizmente o ódio e a intolerância ainda persistem em nossa sociedade. Vamos continuar lutando por um país com igualdade de direitos e pelo fim do preconceito. Minha solidariedade aos amigos e familiares”.
A deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT) afirmou que é necessário continuar na luta contra o preconceito e a intolerância. “Expressamos toda nossa revolta e tristeza pela morte de Oziel, brutalmente assassinado após defender duas pessoas que sofriam ataques LGBTIfobicos em um ônibus, em Curitiba. Nossa solidariedade à família e amigos. Continuaremos na luta contra a intolerância com todas as forças”.
“Meus sentimentos à família do Oziel, que não se calou diante do ódio e, infelizmente, acabou se tornando também vítima da homofobia em pleno mês do Orgulho LGBTQIA+. Justiça por Oziel e todas as vítimas do preconceito!”, postou o deputado Goura (PDT).
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