Em agosto, o Brasil registrou um saldo de 232.513 vagas com carteira assinada. O número representa 22% a mais de empregos formais em comparação a julho, quando o saldo foi de 190 mil. O saldo foi positivo nos cinco grupamentos de atividades econômicas avaliadas e nas 27 Unidades Federativas. Os dados do Novo Caged foram divulgados na manhã desta sexta-feira, 27 de setembro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
No acumulado do ano, entre janeiro e agosto, são 1,72 milhão de novos empregos formais. Desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o saldo supera 3,18 milhões de empregos com carteira assinada.
O IBGE divulgou a Pnad Contínua do trimestre móvel de junho a agosto de 2024, que mostra a menor taxa de desocupação dos últimos 12 anos e o maior número de pessoas empregadas, com ou sem carteira, da história.
O número total de trabalhadores do Brasil bateu novo recorde, chegando a 102,5 milhões. A pesquisa do IBGE mostra também que o número de pessoas com carteira assinada supera em quase três vezes o número de vagas sem carteira no setor privado (acesse links dessas reportagens logo abaixo).
O desemprego no trimestre encerrado em agosto de 2024 ficou em 6,6%, um recuo de 0,5 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de março a maio de 2024 (7,1%) e caiu 1,2 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (7,8%). Essa foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em agosto na série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A população desocupada (7,3 milhões) recuou nas duas comparações: -6,5% (menos 502 mil pessoas) no trimestre e -13,4% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.
Geração de empregos
Estoque recorde – O estoque, ou seja, a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 47,2 milhões, o maior já registrado na série histórica. Isso representa variação de +0,49% em relação a julho, quando, pela primeira vez, o estoque superou a marca de 47 milhões de pessoas.
Setores – O destaque do mês de agosto foi o setor de Serviços, responsável pela geração de 118.364 postos no mês. A Indústria gerou 51.634 postos, principalmente na Indústria de Transformação (50.915 postos) e o Comércio veio em seguida com 47.761 postos de trabalho. A Construção Civil gerou 13.372 postos e a Agropecuária apresentou geração de 1.401 postos.
Estados e regiões– As Unidades Federativas que registraram maiores saldos positivos foram São Paulo, com geração de 60.770 postos (+0,42%), Rio de Janeiro, que gerou 18.600 postos (+0,48%) e Pernambuco com 18.112 postos gerados no mês (+1,22%). A região Sudeste foi a maior geradora de emprego em agosto, com 96.241 vagas. Em seguida aparecem o Nordeste (72.372), o Sul (30.857), o Norte (14.886) e o Centro-Oeste (14.539).
Acumulado de 2024 – Nos meses de janeiro a agosto, o emprego também ficou positivo nos cinco grandes grupamentos econômicos e em todas as UFs. O setor de serviços continua com a maior geração de empregos no ano, um saldo de 916.369, seguido da Indústria, que continua gerando empregos e criou no ano 343.924 postos de trabalho. A Construção Civil gerou 213.643, o Comércio 169.868 e a Agropecuária criou 82.732 empregos formais no ano.
Entre os estados, São Paulo teve maior saldo positivo, com criação de 502,2 novos postos, seguido de Minas Gerais (188,3), Paraná (137,6) e Rio de Janeiro (119,8 postos formais). O Rio Grande do Sul, com a recuperação após o desastre das enchentes, figura em 8º lugar entre os estados, com 55.8 mil empregos gerados no ano. Entre as regiões, o Sudeste gerou 841.907 empregos; o Sul 309.140; Nordeste 257.925; Centro-Oeste 187.471; e o Norte 104.773 postos com carteira assinada no ano.
A faixa etária entre 18 a 24 anos apresentou o maior saldo no acumulado do ano (126.914 postos). Em relação à escolaridade, os trabalhadores com ensino médio completo representaram o maior saldo nas contratações: 154.057.