David Foster Wallace para entender as angústias modernas

Poucos escritores atuais têm um poder de narrativa tão pujante quanto David Foster Wallace. Em “Graça Infinita”, ele escreve sobre vícios, sejam eles por entorpecentes, distração ou atenção. A carência humana por entretenimento é sanada assistindo televisão, consumindo “cartuchos” fáceis ou em mergulhos perigosos no mundo toxicológico – o qual ele descreve com uma amplitude devastadora. Tem de tudo ali. Com habilidade incomum, Wallace esmiúça a tristeza do homem e da vida que é uma piada infinita.