Apagões, insatisfação e incertezas: o amargo legado da privatização da Copel
Apagões frequentes e crescente insatisfação dos consumidores marcam o cenário pós-privatização da Copel, empresa energética do Paraná. A venda da companhia, concretizada em agosto de 2023 sob o comando do governador Ratinho Junior, prometia investimentos e eficiência, mas a realidade se mostra bem diferente.
Deputado que votou a favor da privatização da Copel cobra governo Ratinho Jr. por piora do serviço
O deputado Anibelli Neto (MDB) cobrou o governo do Estado pela piora do serviço da Copel. De acordo com ele, os paranaenses convivem com constantes quedas de energia.
Depois da Copel, é a vez da privatização da Sanepar: serviço deve ser repassado à iniciativa privada em 112 municípios
Após a venda Copel, Ratinho Jr. está focado na privatização da Sanepar. O processo começou no ano passado, com a concessão do tratamento de água e esgoto em 16 municípios. Em 2024, o serviço pode ser privatizado em muitas outras cidades. O governo do estado lançou a minuta do edital de concessão em novembro do ano passado, abrangendo 112 municípios do Centro-Leste e Oeste do Paraná , distribuídos em três lotes.
Serviços da Copel pioram após privatização, mostram dados da ANEEL
O que a população sente na pele pode ser traduzido em dados e tem nome e sobrenome: Copel privatizada, conforme mostra levantamento do Senge (Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná). Análise dos números no período entre setembro a dezembro de 2022, enquanto a empresa era pública, comparados de setembro a dezembro de 2023, logo após a privatização, demonstram que o serviço prestado aos consumidores paranaenses piorou em diversos aspectos. Após a venda da empresa, os consumidores tiveram mais interrupções de energia e ficaram mais tempo sem luz.
Reestatização da Copel é a única opção diante da precarização dos serviços
No dia 14 de agosto de 2023, a Companhia Paranaense de Energia, a Copel, uma das empresas públicas mais lucrativas do Paraná, se tornou uma corporação. Cinco meses depois da cerimônia na B3, em São Paulo, a precarização dos serviços já é percebida e sentida em todas as regiões do Paraná.
Sessão-extra durante o recesso da Alep: Programa Infância Feliz e o dinheiro da COPEL
Na próxima terça-feira, 19 de dezembro, os deputados estaduais têm novo encontro marcado, por convocação da mesa diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná. Na pauta, um único projeto de lei, o de nº 1049/2023, enviado em regime de urgência no dia 11 de dezembro e, aparentemente, esquecido de ser pautado.
Situação em SP mostra que privatização da Copel acabará em apagões e tarifa cara, alerta Senge
Os apagões recentes em São Paulo, que deixaram milhares de pessoas sem energia elétrica durante vários dias, revelam o que pode ser o futuro do setor elétrico no Paraná, após a privatização da Copel. O alerta é do SENGE (Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná).
Contra privatização, São Paulo tem 9 linhas de metrô e trem em greve
Contra privatizações do transporte público e do serviço de saneamento em São Paulo, trabalhadores desses setores fazem greve na manhã desta terça-feira (3), paralisando quatro linhas do metrô e três linhas de trem. Duas linhas ferroviárias funcionam parcialmente.
Adesão ao plano de demissão da Copel, criado após privatização, começa nesta segunda-feira, dia 28
Tão logo foi privatizada, a Copel divulgou a criação de um PDV (Plano de Demissão Voluntária), indicando quais serão as diretrizes da companhia. O prazo para colaboradores da Copel aderirem ao PDV começa hoje e se estende até o dia 15 de setembro.
Ratinho Jr, que privatizou a Copel, já disse que a companhia era intocável e fundamental para o Paraná
O governador Ratinho Jr., que privatizou a Copel nesta semana e na próxima segunda-feira estará na bolsa de valores “batendo o martelo” sobre a venda, já declarou que a companhia era intocável e jamais a privatizaria.
Em entrevista à Globonews em janeiro de 2019, o governador afirmou que as empresas Copel e Sanepar eram bem geridas e tinham um papel social importante para o Paraná, que seria perdido se passasse para o domínio privado. “A Copel e a Sanepar têm duas funções fundamentais: promover o desenvolvimento econômico e social do Paraná. Empresas com funções como essas, especialmente na área social, não devem ser passadas para a iniciativa privada, onde a visão financeira se sobrepõe a todas as outras”, afirmou.