Depois da Copel, é a vez da privatização da Sanepar: serviço deve ser repassado à iniciativa privada em 112 municípios

Após a venda Copel, Ratinho Jr. está focado na privatização da Sanepar. O processo começou no ano passado, com a concessão do tratamento de água e esgoto em 16 municípios. Em 2024, o serviço pode ser privatizado em muitas outras cidades. O governo do estado lançou a minuta do edital de concessão em novembro do ano passado, abrangendo 112 municípios do Centro-Leste e Oeste do Paraná , distribuídos em três lotes.

Serviços da Copel pioram após privatização, mostram dados da ANEEL

O que a população sente na pele pode ser traduzido em dados e tem nome e sobrenome: Copel privatizada, conforme mostra levantamento do Senge (Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná). Análise dos números no período entre setembro a dezembro de 2022, enquanto a empresa era pública, comparados de setembro a dezembro de 2023, logo após a privatização, demonstram que o serviço prestado aos consumidores paranaenses piorou em diversos aspectos. Após a venda da empresa, os consumidores tiveram mais interrupções de energia e ficaram mais tempo sem luz.

Ratinho Jr, que privatizou a Copel, já disse que a companhia era intocável e fundamental para o Paraná

O governador Ratinho Jr., que privatizou a Copel nesta semana e na próxima segunda-feira estará na bolsa de valores “batendo o martelo” sobre a venda, já declarou que a companhia era intocável e jamais a privatizaria.

Em entrevista à Globonews em janeiro de 2019, o governador afirmou que as empresas Copel e Sanepar eram bem geridas e tinham um papel social importante para o Paraná, que seria perdido se passasse para o domínio privado. “A Copel e a Sanepar têm duas funções fundamentais: promover o desenvolvimento econômico e social do Paraná. Empresas com funções como essas, especialmente na área social, não devem ser passadas para a iniciativa privada, onde a visão financeira se sobrepõe a todas as outras”, afirmou.