Com informações da AEN
As restrições ao convívio social provocadas pela pandemia aumentaram a procura por programas em meio à natureza. No acesso a alguns morros da região de Curitiba, tem sido observadas formação de filas para iniciar as trilhas. Em muitas delas, é preciso paciência para dividir o espaço com outros aventureiros.
Considerando as aglomerações e também a crise hídrica e incêndios ambientais registrados na última semana, o IAT (Instituto Água e Terra) decidiu fechar, a partir desta sexta-feira (18), alguns parques para visitação, sendo eles: os Parques Estaduais Pico Paraná, Pico do Marumbi, Serra da Baitaca e Ibicatu.
“A estiagem e os incêndios trazem riscos aos visitantes. Além disso, foi frequente o não cumprimento das regras dentro das Unidades de Conservação”, disse o diretor do Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto.
“Presenciamos acampamentos e fogueiras nesses lugares. Esta prática está proibida”, afirmou o coronel Adilson dos Santos, do Batalhão da Polícia Ambiental – Força Verde. “Este tipo de atividade aumenta os riscos de incêndios nas UCs”.
Segundo a Força Verde, mesmo após apagadas, as fogueiras acendidas clandestinamente mantêm o calor no local, tornando a área um potencial foco de incêndio. Com o tempo seco e os ventos, estes fogos se proliferam rapidamente, que dificultam o controle da queimada e prejudicam uma grande área de preservação ambiental.
PENALIDADES
Visitantes que forem flagrados no interior desses Parques Estaduais estarão sujeitos a advertências e multa no valor mínimo de R$1.500, de acordo com o Decreto Federal nº 6.514/2008, Artigo 92.
Os proprietários de terrenos próximos às unidades que facilitarem ou induzirem o acesso de pessoas não autorizadas também receberão penalidades por crime ambiental.
FISCALIZAÇÃO
Para garantir o cumprimento da Portaria, oficiais do Batalhão de Polícia Ambiental e voluntários da Fepam fiscalizarão as áreas de proteção.
A medida é por tempo indeterminado. Será observado o comportamento das pessoas nesse período, assim como a situação da pandemia e estiagem.
O diretor-presidente do IAT, Everton Souza, afirma que é necessária maior conscientização por parte dos visitantes. “Muita gente que não está acostumada com as visitações em áreas de preservação natural tem frequentado os parques como forma de lazer durante a pandemia, mas é importante reforçar as medidas de segurança e de preservação ambiental para o bom funcionamento dos parques”.