O Ministério Público do Paraná, a partir do Núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apresentou nesta quarta-feira, 23 de setembro, nova denúncia criminal no âmbito da Operação Rádio Patrulha, deflagrada pelo MP-PR em setembro de 2018 para apurar direcionamento de licitação destinada à compra de maquinários para o programa estadual Patrulha do Campo. Desta vez são denunciadas quatro pessoas por lavagem de dinheiro, incluindo o ex-secretário de Assuntos Estratégicos do Paraná (gestão 2011-2014) e sua mulher.
Segundo as investigações do Gaeco, os investigados participaram de esquema que possibilitou a lavagem de pelo menos R$ 14,8 milhões. O dinheiro é resultado de contratos firmados indevidamente por empresa mantida pelos denunciados com o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), por meio de fraudes a licitações e desvio de recursos públicos (alvo de outra ação penal proposta pelo MPPR, autos nº 0024228-52-2018.8.16.0013).
Reparação
O Gaeco apurou que o então secretário, com suporte da mulher e dos outros requeridos, sócios “oficiais” da empresa, fizeram diversas transferências bancárias de valores recebidos do Estado para outros estabelecimentos comerciais ligados ao mesmo grupo financeiro, chefiado pelo ex-secretário, com o intuito de dissimular a origem e a utilização dos valores.
No total, a empresa vinculada aos denunciados recebeu R$ 27.743.418,06 do DER.
Com a nova denúncia, além da condenação dos requeridos por lavagem de dinheiro, o Ministério Público pleiteia o ressarcimento de R$ 14.885.425,70.
Richa
Em 2018, o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) e outras 12 pessoas viraram réus na Operação Rádio Patrulha, do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Com informações da assessoria de imprensa do Ministério Público