Curitiba recebeu do Ministério da Saúde o certificado de manutenção da eliminação da transmissão vertical do HIV de mãe para filho. A capital paranaense foi a primeira a receber o certificado de eliminação no país, em dezembro de 2017, e foi a primeira também a receber a recertificação em 2019. Nesta segunda-feira (20/12), o município foi informado novamente que está apto a manter a certificação.
A certificação e a sua manutenção confirmam que o município conseguiu controlar a transmissão da doença durante a gestação, parto, puerpério e acompanhamento das crianças, evitando que os bebês sejam contaminados.
A cada dois anos, o município é reavaliado por técnicos do Ministério da Saúde para verificar se mantém os critérios da certificação. Além de Curitiba, apenas Umuarama (PR) e São Paulo (SP) possuem o certificado de eliminação hoje no país.
“A manutenção dessa certificação é o reconhecimento pelo trabalho realizado em Curitiba, em prol da saúde dos curitibinhas”, afirma o prefeito Rafael Greca.
Com o trabalho de prevenção realizado com as gestantes na capital paranaense, estima-se que mais de 500 bebês de mães HIV positivo deixaram de ser contaminados, entre 2007 e 2020.
A transmissão do HIV de mãe para filho, quando não há intervenção, chega a 45% dos casos. De 2007 a 2020, Curitiba registrou o nascimento de 1.165 crianças filhos de gestantes HIV positivo.
“Cuidar das pessoas é a nossa missão, mas acima de tudo cuidar dos curitibinhas, protegê-los, para que tenham todas as oportunidades e cresçam fortes e saudáveis”, afirma a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.
De acordo com Márcia, o resultado é fruto de um conjunto de ações de longo prazo e integradas de dois programas da Secretaria Municipal da Saúde: o Rede Mãe Curitibana Vale a Vida, lançado em 1999, e o programa de HIV/Aids, com um Comitê de Prevenção à Mortalidade Infantil e Fetal e um Comitê de Transmissão Vertical HIV e Sífilis.
Processo de certificação
Para receber a certificação e a manutenção, Curitiba comprovou ao Ministério da Saúde que cumpriu indicadores e metas. Um dos indicadores avaliados foi a manutenção da taxa de transmissão de mãe para filho para cada mil nascidos vivos inferior a 0,3.
Curitiba também atendeu ao quesito de ter a proporção de crianças infectadas pelo HIV, entre as crianças expostas ao vírus, inferior a 2%.
O município precisou comprovar, ainda, que possui uma linha de cuidado e monitoramento às gestantes, para diagnóstico, tratamento e prevenção do contágio do bebê.
Entenda
O que é a transmissão vertical? A transmissão vertical é a infecção pelo vírus HIV passado da mãe para o filho, durante o período da gestação (intrauterino), no trabalho de parto ou no parto ou ainda pelo aleitamento materno.
Entenda
O que é a transmissão vertical?
A transmissão vertical é a infecção pelo vírus HIV passado da mãe para o filho, durante o período da gestação (intrauterino), no trabalho de parto ou no parto ou ainda pelo aleitamento materno.