A Pedreira Paulo Leminski – lugar místico e palco mais charmoso do Brasil – estava absolutamente lotada para a quarta edição do festival Coolritiba, realizada neste sábado, dia 21.
As apostas em artistas pop e conectados com a juventude atraíram milhares de pessoas, empolgadas para conferir nomes como Duda Beat, Iza e Anavitória. E ainda Baco Exu do Blues (que é o nosso destaque de melhor show; ler abaixo). Que versão maravilhosa de “Espumas ao vento”, de Fagner, a banda fez. Confira:
Mas o Coolritiba também pensou em um público mais maduro ao escalar Natiruts e Planet Hemp, que fizeram a Pedreira tremer, ainda que nesta edição não tenha havido um clássico do tamanho de Jorge Ben e Novos Baianos, como nas edições anteriores. Talvez, estes nomes fossem Lulu Santos, inicialmente anunciado, mas depois cancelado em razão dos adiamentos provocados pela pandemia; e Elza Soares, que estava no line up antes de sua passagem para o plano superior.
Super público
Contas preliminares apontam que cerca de 20 mil pessoas acompanharam o festival. Com tanta gente, dessa vez o difícil foi dar conta de conferir tudo o que rolava, pois o público volumoso dificultava o deslocamento entre palcos. Acessar principalmente o Beats Space era uma desafio. O Revérbero conferiu todas as edições do Coolritiba e, visualmente, essa era a com maior público com toda a certeza. Viva a música! E viva os encontros propiciados pelo Coolritiba!
Confira nossa reportagem em vídeo sobre o festival:
Shows
Shows potentes, animados e que ajudaram a aquecer um sábado de maio de muito frio em Curitiba. Pessoas de vários locais do Paraná e de outros Estados e que se organizaram em caravanas para acompanhar a programação. Dificilmente, alguém foi embora arrependido. O Coolritiba é isso, já virou parte do calendário cultural nacional e quem gosta de música não perde de jeito nenhum.
Drone irado
O drone do Coolritiba não passou despercebido. Ousado, conferia tudo de perto, dando rasantes alucinantes e interagindo com a plateia.
O piloto do equipamento é Gustavo Ramos, 30 anos. Desde os 14 anos, ele pilota aeromodelos e, em 2019, começou a praticar com drones. Ele também é fotógrafo, com mais de 10 anos na área de eventos. Juntou as duas coisas e o drone virou trabalho.
Se você comparar com uma guitarra, como ele próprio sugere, Gustavo faria solos irados e no compasso perfeito – muito além das bases simples que se vê por aí. “Faço pousar na mão, na cabeça, pouso o drone onde quiser. Pilotar um drone é igual tocar uma guitarra. Para fazer um solo exatamente correto requer prática”.
Para atingir esse nível de perfeição ele usa óculos 3D que dão a sensação de estar dentro do equipamento. Já é o metaverso do drone. “Eu piloto em primeira pessoa, como se eu estivesse dentro do drone”.
Destaques
- Nosso destaque vai para o show de Baco Exu do Blues, que foi algo transcendental.
- A Banda mais bonita da cidade nem estava na programação, mas bastou tocar “Oração” durante um intervalo entre shows para o público delirar com a canção que já virou hino. Teve dança, abraço e muita vibração. Quem sabe na próxima edição, produção?
- O jovem Lucas Mamede encantou o público no camarote;
- Dessa vez, havia mais lugares para sentar e descansar – só que o público também era maior. Bancos com entradas usb para carregar celular foram um acerto.
Em breve, vídeos. Fique ligado no Revérbero e na melhor cobertura do Coolritiba!
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