Curitiba tem belos parques e uma arquitetura histórica ainda preservada, mas fazer turismo ou passear pela cidade custa caro para boa parte das pessoas. É possível conhecer os diversos pontos turísticos da cidade através da Linha Turismo, da URBS. Mas não é barato: R$ 50. Uma família de 4 pessoas gastaria R$ 200. O transporte público seria a opção convencional para acessar espaços de lazer. No entanto, a tarifa de R$ 6 — a mais cara entre as capitais — também é um entrave. A retirada da tarifa domingueira, que oferecia desconto, impossibilita muitas famílias de terem acesso às belezas da cidade.
Um dos principais cartões postais de Curitiba, a Ópera de Arame, não é mais administrada pelo município. A PPP (Parceria Público Privada) cobra R$ 15 apenas para entrar no local – mesmo para aqueles que gastaram R$ 50 na linha turismo. Muitos são pegos de surpresa, acabam desistindo e veem a Ópera apenas de longe, sem passar pelas catracas. Lá dentro, o almoço custa R$ 84.
A Ópera de Arame foi criada por Jaime Lerner, em 1992, para ser uma opção e lazer e cultura aos curitibanos. Hoje seu alcance é limitado: a barreira é financeira. Para muitos, resta ver esse monumento apenas por fotos ou stories de influenciadores.
A retirada da tarifa domingueira e o início da cobrança para entrar na Ópera de Arame aconteceram na gestão do prefeito Rafael Greca.