Já se passaram dois dias desde o desaparecimento de um avião transportando assessores do Estado e o silêncio do governo permanece, causando estranheza e gerando desconfianças. Nenhuma palavra de Ratinho Jr; nas páginas oficiais do Paraná, nada.
O avião partiu de Umuarama com destino a Paranaguá. Era para ter aterrissado no litoral paranaense às 10h de segunda-feira, dia 3, o que nunca aconteceu. A aeronave desapareceu na Serra do Mar.
Dois servidores do governo do Paraná estavam a bordo do avião Piper Arrow, modelo PA-28R-200: Heitor Guilherme Genowei Júnior e Felipe Furquim, lotados na Casa Civil.
Ele estariam se deslocando para uma agenda de trabalho em Paranaguá para avaliar a atracagem de futuros navios de turismo no Litoral. Contudo, o avião não pertencia ao Estado, nem era locado. A propriedade da aeronave é do empresário de Umuarama João Cezar Passos, conhecido na região como “Babão”. Em 2002, ele teria sido preso por contrabando ilegal de cigarro.
Nas páginas oficiais do Paraná, não há qualquer menção ao fato. As respostas sobre o possível acidente se dão apenas por notas, quando o governo é provocado por algum veículo de comunicação.
O governador Ratinho Jr. fugiu do assunto e não se pronunciou. Segundo a Revista Fórum, inclusive, chegou a recusar entrevista à imprensa nessa terça-feira (4), enquanto cumpria agenda em Brasília.
Ficam as perguntas: o que faziam assessores do governo a serviço em um avião particular e por que o silêncio sobre o assunto?
São questionamentos que parlamentares, como a deputada Carol Dartora, já começam a fazer. “O avião que desapareceu com 2 funcionários do Ratinho Jr era propriedade do empresário conhecido como “Babão” preso por contrabando ilegal de cigarros. O que estava fazendo os servidores em avião de contrabandista? Por que ratinho Jr se nega a dar explicações à imprensa?”.
