O governador Ratinho Jr., que privatizou a Copel nesta semana e na próxima segunda-feira estará na bolsa de valores “batendo o martelo” sobre a venda, já declarou que a companhia era intocável e jamais a privatizaria.
Em entrevista à Globonews em janeiro de 2019, o governador afirmou que as empresas Copel e Sanepar eram bem geridas e tinham um papel social importante para o Paraná, que seria perdido se passasse para o domínio privado. Segundo disse naquela entrevista, Copel e a Sanepar eram intocáveis e não seriam privatizadas em seu governo.
A entrevista chegou a ser repercutida na AEN (Agência Estadual de Notícias), que é um canal oficial do governo.
“A Copel e a Sanepar têm duas funções fundamentais: promover o desenvolvimento econômico e social do Paraná. Empresas com funções como essas, especialmente na área social, não devem ser passadas para a iniciativa privada, onde a visão financeira se sobrepõe a todas as outras”, afirmou.
Durante a campanha eleitoral de 2022, um vídeo de Ratinho Jr. dirigido a copelianos também mostra um compromisso do governador em não privatizar a Copel. No vídeo, ele diz que a empresa continuará sendo dos paranaenses.
Privatização
A Copel foi vendida esta semana por R$ 4,53 bilhões. Com a oferta, o governo do Estado do Paraná deixa o controle societário da companhia.
Em 2022, a Copel teve um EBITDA de R$ 5,5 bilhões, resultando em aumento de 10,5% em relação a 2021.
O EBITDA são os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização.