O deputado Zeca Dirceu (PT) destacou o alcance do novo plano de ação lançado pelo presidente Lula (PT) e a ministra Nísia Trindade (Saúde) para reforçar o combate à dengue, chikungunya, zika e oropouche.
“No Paraná, duas fábricas em Foz do Iguaçu e Londrina já produzem mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, o que impede que os vírus das arboviroses se desenvolvam no inseto, principal vetor das doenças. Este novo plano prevê R$ 1,5 bilhão para a ampliação, reforço das ações e vacinação que impactam a transmissão da dengue nos estados e municípios”, disse,no
Até o momento, em 2024, o país conta 6,5 milhões de casos prováveis de dengue e 5,3 mil óbitos. O Paraná registrou 648,3 casos e 665 mortes no período. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, que também aponta 6,5 mil casos prováveis de Zika, 256,2 mil de chikungunya e mais de 8 mil casos confirmados de oropouche em todo o país. No Paraná, foram 16 casos prováveis de Zika e 696 de chikungunya. Não houve registro de oropouche no estado.
O boletim da Secretaria Estadual de Saúde de terça-feira (17) aponta mais 262 casos da doença, sem nenhum óbito na última semana. Somados os dados do novo período epidemiológico, iniciado em 28 de julho, o Paraná registra 12.368 notificações, 1.651 casos confirmados e nenhuma morte em decorrência da dengue. No total, 315 municípios já apresentaram notificações e 180 possuem casos confirmados da doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Foram ainda 76 notificações e confirmado um caso de chikungunya. Com relação ao zika vírus, até o momento ocorreram duas notificações.
“O novo programa vai trabalhar na prevenção, vigilância, controle vetorial, rede assistencial e manejo clínico, resposta às emergências, comunicação e participação comunitária. São ações que vão reduzir os impactos das arboviroses principalmente nos bairros e periferias”, disse Zeca Dirceu.
Método Wolbachia
Em 2024 o Ministério da Saúde repassou R$ 30 milhões para implantação das fábricas do método Wolbachia em seis cidades, duas no Paraná (Foz do Iguaçu e Londrina), além de Natal (RN), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), e Joinville (SC), além dos municípios já incluídos na fase de pesquisa.
A tecnologia das fábricas será intensificada como parte das ações preventivas de controle vetorial. Também será feita uma força-tarefa de sensibilização da rede de vigilância para a investigação de casos, coleta de amostras para diagnóstico laboratorial e identificação de sorotipos circulantes. Está prevista, ainda, a organização de fluxos da rede assistencial, revisão dos planos de contingência locais, capacitação dos profissionais de saúde para manejo clínico, gestão dos estoques de inseticidas, insumos para diagnóstico laboratorial e assistência ao doente.
Para o período sazonal, caso ocorra nova alta sensível de casos, estão previstas medidas estabelecidas no plano de contingência, focadas sobretudo no fortalecimento da rede assistencial para redução das hospitalizações e óbitos evitáveis. São prioritárias as ações relacionadas ao manejo clínico adequado, seguro e executado em tempo oportuno, além da organização dos serviços. Nesse período, as ações de vigilância devem priorizar a coleta de amostras para exames específicos com foco em casos graves e investigação oportuna de óbitos.