O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná absolveu, na última sexta-feira (25), uma mãe que havia sido condenada em primeira instância por suposta tortura contra a própria filha, de apenas um ano e um mês. O caso ocorreu em 2020, no município de Almirante Tamandaré (PR), e o novo veredito apontou que as lesões encontradas na criança resultaram de um único incidente — contrariando o relato da médica que a atendeu.
Segundo a profissional, os ferimentos teriam ocorrido em dias diferentes, o que sugeriria maus-tratos contínuos. No entanto, exames periciais concluíram que as lesões eram compatíveis com uma queda durante a troca de fraldas. A investigação judicial não encontrou evidências de agressão, e os laudos psicológicos também não indicaram qualquer conduta inadequada por parte da mãe.
Para o advogado de defesa, Heitor Bender, a decisão trouxe alívio após anos de sofrimento. “A ré sempre negou as acusações, e sua versão foi confirmada pela perícia. Foram cinco anos de dor, especialmente para a mãe, que enfrentou graves abalos psicológicos. O reconhecimento do erro pela Justiça representa, finalmente, um alívio para toda a família”, afirmou.