CBF acerta ao escolher Ancelotti; técnico prova que liderança não é mais no grito

Créditos: Rafael Ribeiro/CBF

Em tempos em que ainda se confunde liderança com autoritarismo, Carlo Ancelotti é um contraponto vivo e vitorioso. O técnico italiano, que chegou ao Brasil ontem e será apresentado oficialmente hoje pela CBF, tem um estilo calmo, diplomático e humano. Ele é o treinador mais vencedor da história do futebol europeu, acumulando títulos nas maiores ligas e clubes do mundo. E tudo isso sem nunca precisar bater na mesa para impor respeito.

Enquanto muitos ainda acham que “mandar bem” é sinônimo de gritar, punir ou dominar pelo medo, Ancelotti lidera com outra lógica: a da escuta, da confiança e do convencimento. Trata seus jogadores como adultos, protege o vestiário da exposição pública e aposta em autonomia com responsabilidade. No lugar do confronto, constrói diálogo. No lugar da vaidade, oferece presença serena.Os números falam por ele.

Campeão da Champions League quatro vezes como técnico (e cinco vezes no total, contando sua carreira como jogador), vencedor das principais ligas europeias — Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha — e respeitado por lendas como Cristiano Ronaldo, Ibrahimović, Modric e Kaká, Ancelotti mostra que é possível vencer muito sendo gentil, calmo e justo.

Sua liderança prova que a autoridade não vem do tom de voz, mas da coerência. Que respeito se conquista, não se exige. Que comandar não é dominar, mas inspirar confiança.

Em um mundo que exige cada vez mais inteligência emocional, colaboração e diálogo, o estilo de Ancelotti não é exceção: é o caminho. E seu sucesso estrondoso no futebol mostra que, mesmo nas disputas mais acirradas, quem lidera com humanidade pode, sim, liderar e vencer no mais alto nível.

Que esse espírito vitorioso e liderança positiva embalagem a seleção para tempos melhores.

Por que Ancelotti é uma boa escolha:

1. Gestão de grupo de alto nível

Ancelotti é mestre em lidar com elencos cheios de estrelas — exatamente o perfil da Seleção Brasileira. Jogadores como Vinícius Jr., Rodrygo e Militão já confiam nele pelo trabalho no Real Madrid.

2. Sabe se adaptar

Ele não impõe um “modelo europeu”, como outros técnicos estrangeiros talvez fizessem. Costuma montar times de acordo com as características dos jogadores, o que casa bem com o estilo brasileiro.

3. Ganha vestiário antes de ganhar campo

A Seleção precisa de estabilidade emocional. Depois de anos de pressão e trocas, um treinador sereno e respeitado pode trazer paz ao ambiente, o que é meio caminho andado em torneios curtos como Copa América e Copa do Mundo.

 4. Psicólogo silencioso

Ele tem um talento notável para ler o ambiente emocional. Sabe quando cobrar, quando aliviar, quando dar liberdade. Muitos jogadores dizem que ele fala pouco, mas fala certo — com timing perfeito.

5. Relação direta e humana

Ancelotti costuma criar laços pessoais com os atletas. Lembra aniversários, fala sobre família, se interessa pela pessoa além do atleta. Isso cria um ambiente de confiança mútua, o que facilita o desempenho coletivo.

6. Baixo ego, alto respeito

Mesmo com um currículo gigantesco, ele não se impõe pelo nome, mas pela conduta. Costuma ser descrito como alguém com zero vaidade, o que o torna acessível, inclusive para os mais jovens.

7. Flexível taticamente 

Ele adapta esquemas às características dos jogadores, o que reforça a percepção de que escuta o grupo. Também é capaz de dar liberdade criativa para craques, algo que aumenta a moral do elenco.

📣 Depoimentos de jogadores:

Zlatan Ibrahimović: “Ancelotti é um treinador que você respeita sem que ele precise levantar a voz.”

Cristiano Ronaldo: “É um técnico que trata todos com respeito e humanidade.”

Modric e Benzema já destacaram como ele deixa os jogadores à vontade para jogar o seu melhor, sem medo de errar.

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