O governador Ratinho Jr segue empenhado em implantar um modelo de pedágio caro no Paraná. Nesta quarta-feira (01/03), o chefe do executivo estadual reuniu-se novamente, em Brasília, com o Ministro dos Transportes, Renan Filho, para defender a proposta.
Conforme a oposição, o modelo defendido por Ratinho Jr. custaria ainda mais que o anterior, que já era o mais caro do Brasil. O paranaense pagaria 10,52% a mais logo nos primeiros anos, o equivalente a R$21 a cada 100 km, segundo o deputado estadual estadual e presidente do PT no Paraná, Arilson Chiorato. Valor superior ao do Anel da Integração implantado por Lerner, que custava R$ 19 a cada 100 km.
Arilson e outros deputados da oposição têm denunciado a articulação de Ratinho, que só beneficiará as concessionárias de pedágio. Nessa quarta-feira, dia 1°, ele subiu o tom das críticas e mandou recado também para o Ministério dos Transportes.
“Não aceito colocar o meu nome nessa patifaria, avalizando um modelo que só beneficia as empreiteiras. Não vou aceitar que joguem a responsabilidade do pedágio nas minhas costas nem de alguns deputados integrantes da Frente Parlamentar sobre o Pedágio que também não aceitam a proposta atual, com mais 15 praças, aporte financeiro, que vai inibir descontos na hora do leilão, e 40% de aumento após entrega de obras”, avisou.
Arilson Chiorato (PT) ainda provocou o chefe do executivo para defender a proposta no próprio estado e aos paranaenses. “O governador precisa sair dos bastidores e falar abertamente: eu quero mais 15 praças, com tarifas ainda mais caras e sem garantia de obras, porque aporte não é garantia. Se tem coragem de defender esse modelo em Brasília, porque não defende para os paranaenses?”, questiona o vice-líder da Oposição na Assembleia Legislativa (ALEP).
“Se o governador vai a Brasília defender o pedágio mais caro da história do Paraná, mostrando seu empenho na defesa desse modelo que chega a ser extorsivo, que assuma e escreva na sua biografia: ‘Ratinho Júnior: o governador que defendeu o pedágio mais caro da história do Paraná’”, propõe.
O deputado Arilson, de forma taxativa, afirmou: “Não quero ser colocado na mesma vala comum que os defensores desse modelo caro de pedágio, caro e abusivo, que quer mais 15 praças de pedágio por todo o estado, que isola regiões inteiras”.
Atual coordenador da Frente Parlamentar do pedágio, ele garantiu que não irá esmorecer e seguirá discutindo o tema pedágio com o Governo Federal. “Já cobrei e vou cobrar novamente o Governo Federal, do qual tenho orgulho do presidente que está lá, porque não somos favoráveis nem, tão pouco, concordamos com a modelagem levada pelo governador Ratinho”, frisou.
“Nós, da Oposição, assim como outros parlamentares, temos lado. Não aceitamos mais 15 praças, nem uma modelagem que vai repetir os erros do passado, com obras em duplicidade, sem garantias de entrega e tarifas abusivas”, deixou claro.
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