Em dia de ânimos quentes na Assembleia, plenário tem novo bate-boca entre Renato Freitas e Ademar Traiano

Foto:Orlando Kissner

O caldo entornou na Assembleia Legislativa na sessão desta segunda-feira, dia 9. O deputado Renato Freitas (PT) falava no plenário quando foi interrompido por evangélicos que ocupavam as galerias para protestar contra a descriminalização do aborto. O caso acabou em discussão quente com o presidente da Casa, Ademar Traiano, que anunciou que abrirá novo procedimento de cassação contra o petista.

Os manifestantes antiaborto foram levados à Alep pelo deputado Tito Barrichello, que inclusive incentivou interrupções durante o pronunciamento de Freitas, o que gerou protesto da deputada Ana Julia (PT). “A manifestação das pessoas é sempre legítima, apesar de não ser o momento adequado. Mas o grande problema é ter outro deputado exaltando esse tipo de atitude”.

Quando conseguiu retomar a palavra, o deputado Renato Freitas reclamou com o presidente da Casa, Ademar Traiano, que seu tempo não havia sido congelado e pediu para que fosse recomposto. Aí o bate-boca começou, com Traiano defendendo que o tempo estava correto, enquanto Freitas protestava.

Com o acirramento da discussão, Traiano cortou a palavra de Renato Freitas, gerando ainda mais revolta no parlamentar petista, que disse que o presidente da Casa não era rei.

O deputado estadual Requião Filho, líder da oposição, tentou intervir e argumentou que cortar a palavra de um parlamentar seria um ato inédito e que não estaria amparado no regimento.

Traiano não voltou atrás e ainda anunciou na sessão que abriria novo procedimento de cassação contra Renato Freitas, por entender que tinha sido chamado de hipócrita – quando, na verdade, o petista usou termo para se referir a religiosos que dizem defender a vida, mas ao mesmo tempo apoiam as armas e apregoam que “bandido bom é bandido morto”.

Nada disso melhorou a situação. Freitas continuou protestando e chegou a chamar Traiano de corrupto.

Agora, o caso deve ser submetido ao conselho de ética, que avaliará se Renato Freitas quebrou o decoro parlamentar. A pena máxima é a cassação.

Atualização

Em meio às discussões em plenário, deputados da Oposição relataram que houve injúrias raciais vindas das galerias contra Renato Freitas. Um vídeo mostra uma pessoa gritando “vai tirar piolho”.

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0 resposta

    1. Limite-se a sua ignorância. Ele é presidente da Assembleia Legislativa e não dá Câmara. Quem tem que sair é esse mimizento que só tumultua.

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