A eleição para o governo acabou no Paraná, mas Roberto Requião não pensa em descanso. O ex-governador, principal liderança da esquerda no estado, está em campanha para eleger Lula no segundo turno, ajudando a construir estratégias, participando de encontros, lives, conversando com eleitores e pedindo voto.
Em reunião de estratégia e mobilização na última terça-feira, dia 4, na sede do PT, em Curitiba, Requião deixou claro que será atuante na campanha de Lula, como foi enquanto disputou o governo do Estado. “Contem comigo para o que der e vier”, afirmou. Ele mostrou-se participativo, deu sugestões e motivou os presentes para que ajudem a buscar a vitória.
Avesso a caminhadas em causa própria, Requião ponderou que, como não é mais candidato, está disposto a participar de passeatas e do que for preciso para eleger o Lula. “Essa é a eleição de nossas vidas”, disse.
No twitter, esta semana, ele publicou: “Derrotar Bolsonaro é um ato de legítima defesa de nossa pátria, de nossa história, de nosso povo e de seus direitos, é reabrir o caminho da construção democrática. Além de tudo isso Lula é um cara porreta!”.
O engajamento de Requião na campanha de Lula é visto como fundamental para que o ex-presidente amplie a votação que conquistou no primeiro turno. O PT do Paraná articula um grande movimento suprapartidário, com diversas lideranças, para que a campanha de Lula cresça no estado.
Requião Filho
Quem também não está medindo esforços na campanha de Lula é o deputado estadual Requião Filho, um dos mais votados no Paraná. Ele tem participado de reuniões estratégicas no PT e produzido conteúdos a favor do ex-presidente. Recentemente, o deputado postou 22 motivos para votar em Lula e publicou um vídeo no qual se propõe a bater- papo sobre o porquê Lula é necessário neste momento para o Brasil. O vídeo viralizou e teve mais de 700 mil visualizações.
Eleição no Paraná
O ex-governador Roberto Requião fez mais de 1,5 milhão de votos no Paraná. Ele atribui a derrota aos inúmeros obstáculos que enfrentou ao longo da campanha, como restrições financeiras, cooptação de lideranças por parte do opositor que contou mais de 800 candidatos a deputado, enquanto Requião com cerca de 80; e principalmente à postura do TRE que, no entendimento de Requião, se mostrou conivente com o adversário e praticamente censurou a sua campanha, o impedindo de fazer críticas.