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Requião e Campagnolo: um encontro, vários significados

O pré-candidato ao governo do Estado Roberto Requião recebeu nessa quarta-feira, dia 23, o industrial Edson Campagnolo, ex-presidente da FIEP (Federação das Indústrias do Paraná).

Requião e Campagnolo se reuniram ontem, na casa do ex-governador. Foto: Eduardo Matysiak

A reunião aconteceu na casa de Requião e significa mais que um simples encontro. Campagnolo estaria sendo sondado para ser vice de Requião, com quem mantém boa relação de longa data.

É possível que Edson Campagnolo decline o convite, caso o receba, por não ter interesse nesse momento na vida política. Mas isso é o que todos costumam dizer e na política reviravoltas são comuns.

Juntos ou não na chapa, Campagnolo deve apoiar Requião. E a aproximação sinaliza que o ex-governador quer ir além da bolha da esquerda e buscar apoios junto também a empresários, num movimento parecido com que Lula faz, em nível nacional, ao articular Geraldo Alckmin para vice.

Requião pretende abrir o leque e oxigenar a campanha. Campagnolo é só uma parte dessa estratégia. Ele tem trazido para perto pessoas novas e profissionais de mercado para fortalecer a pré-candidatura.

Se a dobradinha entre Requião e Campagnolo acontecer, deve repercutir fortemente no núcleo de Ratinho Jr . O governador já acusou o golpe do lançamento estrondoso da pré-candidatura de Requião com a presença de Lula – menos de uma semana depois, abriu a torneira de gastos públicos e anunciou um pacotão de recursos para os municípios, uma tentativa de manter o apoio de prefeitos.

A aproximação tem um porém que pode dificultar as articulações: Campagnolo está no Podemos, de Sergio Moro, e é um ferrenho antipetista.

Briga de gente grande

Campagnolo com Requião ainda mostra um racha no empresariado, pois o vice de Ratinho é Darci Piana, da Fecomércio

Edson Luiz Campagnolo é um industrial brasileiro. Foi presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná entre 1º de outubro 2011 e 30 de setembro de 2019. É também vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria. Ainda que não esteja mais no cargo na FIEP, exerce forte influência dentro da federação e pode aglutinar ainda mais apoios do empresariado para Requião.

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