A greve dos professores das universidades estaduais completa três semanas nesta segunda-feira, dia 29. A UEL foi a primeira a parar, no dia 8. Na maioria das instituições do estado — UENP, UEPG, Unespar, UEL, UEM e Unioeste — a paralisação das atividades acadêmicas se iniciou no dia 15 de maio. Na semana passada, o movimento ganhou adesão dos docentes da Unicentro.
Em algumas instituições a adesão ultrapassa os 90%, caso da UEPG, conforme o Sinduepg.
De acordo com sindicatos, as perdas salariais chegam a 42%. O governo do estado propôs reajuste de 5,79%.
As seções sindicais do ANDES-SN no Paraná têm realizado reuniões para a construção da greve com mobilizações para pressionar o governo estadual para abrir uma mesa de negociação pela reposição salarial´.
Além de pressionar o governo, os grevistas buscam ampliar a discussão com a comunidade acadêmica e restante da sociedade sobre a precariedade que os governos têm imposto às universidades públicas e construir uma luta com toda a população pelo direito de termos um ensino público, gratuito e de qualidade.
Edmilson da Silva, 1º vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, ressaltou a importância da deflagração da greve das estaduais nesse momento. “Estamos no mês de maio e, mais uma vez, o governo sinaliza com o calote. Estamos desde 2016 sem a reposição da inflação, que acumula perdas de mais de 42% e o governo para desmobilizar as categorias apresenta propostas ilusórias de ajustes na carreira. É o quinto ano de um governo que tem uma política de divisão das categorias dos servidores públicos e que vem dando um tratamento diferente e de desvalorização dos servidores públicos”, criticou.
Segundo o diretor do ANDES-SN, o movimento grevista nasceu a partir da insatisfação de grande parte das e dos docentes da base. “Faremos as construções de ações locais e também em Curitiba (PR) para que possamos demover o governo e que esse governo possa assumir um compromisso de valorização dos servidores públicos”, concluiu.