O Ministério Público de São Paulo vai investigar por conflito de interesses o secretário de Educação, Renato Feder, que já esteve à frente da área no Paraná, no primeiro mandato de Ratinho Jr.
A decisão é definida pelo deputado federal Tadeu Veneri (PT) como uma iniciativa necessária e bem vinda. Um dos principais questionadores do modelo Feder de educação no Paraná, Veneri destacou as muitas denúncias que foram feitas sobre o desmonte da educação no Paraná por Feder, durante sua gestão na Secretaria da Educação.
“Durante toda a gestão de Feder, alertamos à Assembleia Legislativa e ao Ministério Público do Paraná sobre todo o processo de digitalização que tanto prejudicou o aprendizado e a educação. Agora, ele radicalizou em São Paulo e resolveu abolir os livros físicos que serão substituídos por material digital”.
Tadeu Veneri.
Um dos problemas, aqui como lá, é que ele é sócio de offshore dona de 28,16% das ações da Multilaser, uma empresa que mantém contratos de R$ 200 milhões com a sua pasta, o que motivou a investigação. São três contratos para o fornecimento de 97 mil notebooks para a rede pública estadual. Contratos que ele também manteve com o governo do Paraná.
De acordo com Veneri, Feder é o porta-voz de uma corrente que defende a privatização da educação, que é vista apenas como porta de entrada para negócios lucrativos.
“Esperamos que as investigações em São Paulo sejam aprofundadas e exponham esse modelo de negócios que visa desmontar a educação pública em nosso país. Um modelo onde a tecnologia não está a serviço do ensino. Mas a serviço de interesses específicos”, ressaltou Veneri.
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