A situação do Colégio Estadual Panorama, em Sarandi, e a reação da Seed (Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná) a um vídeo em que alunos denunciam os problemas da escola marcaram a sessão da Assembleia Legislativa do Paraná dessa segunda-feira, dia 28.
O deputado estadual Arilson Chiorato (PT) relatou, durante a sessão, que recebeu denúncias de que os alunos sofreram pressão por parte da Seed (Secretaria de Estadual de Educação do Estado do Paraná) após a divulgação do vídeo em que mostram diferentes problemas na unidade, como goteiras e banheiros sem portas. Na semana passada, ele visitou a escola e disse que recebeu relatos de que um aluno, inclusive, teria tido um ataque epilético durante a ação da secretaria. As informações foram coletadas por Chiorato a partir de conversas com professores, pais e alunos.
“Houve pressão psicológica e um dos alunos teve um ataque epilético. Esse episódio aconteceu sem a presença dos pais, sem acompanhamento de pedagogo, sem autorização de ninguém. Se for confirmado tudo que me foi relato, é algo muito grave. Não vamos permitir que seja feita pressão nos professores e diretores, e muito menos nas crianças”.
Arilson Chiorato
Além de Chiorato, os deputados Requião Filho e Professores Lemos (ambos do PT) cobraram medidas por parte do governo do Estado. Para Requião Filho, que é líder da Oposição, a principal preocupação no momento deve ser a proteção dos alunos envolvidos.
“Queremos entender o que aconteceu e por que aconteceu o enfrentamento de funcionários do Núcleo em cima de alunos menores de idade. Depois a gente entra na situação da física do colégio, se há ou não dinheiro para a reforma da Escola mas, antes de mais nada, devemos pensar no bem-estar e na proteção das crianças. Ou não é este o dever do Estado, proteger, dar condições de educação, acolher?”.
REquião Filho
Para Professor Lemos, o episódio – se comprovado – foi algo fora do comum. “Os alunos foram pressionados para responder se foi a professora ou a diretora que os estimulou a fazer o vídeo. Isso é um absurdo”.
Assista ao vídeo produzido pelos alunos: