A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), em nota publicada nesta sexta-feira (13) na rede social X, esclareceu a posição histórica do partido sobre os conflitos entre Israel e palestinos, em especial em relação ao Hamas, e refutou manipulações que têm sido feitas pela extrema-direita brasileira, com auxilio de parte da mídia.
“É impressionante a quantidade de mentiras que a extrema direita e seus porta-vozes, inclusive na mídia, vêm espalhando desde o início dessa guerra na Faixa de Gaza”, escreveu Gleisi. “Manipulações cretinas misturam religião com ideologia e geopolítica, falseando os fatos e a história, na tentativa de apresentar o PT e o governo do presidente Lula como supostos vilões de uma guerra em que lutamos exclusivamente pela paz e pelos direitos humanos”, acrescentou.
“É sempre assim: incapazes de nos enfrentar no debate das políticas públicas para o povo, das ações para a retomada do crescimento e da geração de empregos; incapazes do nos enfrentar na realidade do Brasil, tentam desviar o debate para longe. Sempre mentindo e manipulando”, prosseguiu. “Que tal debater nossa própria guerra, contra a fome, a desigualdade, o desemprego e a violência? Que tal declarar guerra à mentira e à manipulação da fé e dos valores?”
Ela frisou que o PT se declarou solidário às vítimas em Israel e na Faixa de Gaza, condenando “tanto o ataque do Hamas quanto a resposta do governo de Israel, pela violência contra civis de ambos os lados”, além de ter alertado “para a gravíssima crise humanitária em Gaza, que irá se transformar, se nada for feito pelas autoridades mundiais, num dos maiores genocídios da nossa história.”
Quanto à pressão de setores da mídia e da extrema-direita para que o PT e o governo brasileiro declarem o Hamas como grupo terrorista, ela enfatizou: “Já esclarecemos que não mantemos relações com o grupo Hamas e também não o declaramos uma ‘organização terrorista’. Nem o governo brasileiro pode fazê-lo. Essa caracterização compete à Assembleia Geral da ONU, que não adotou tal resolução quando apresentada.”
Também colocou a verdade sobre a posição e as ações adotadas pelo presidente Lula desde o início do conflito. “O presidente Lula se colocou imediatamente como interlocutor de uma solução pacífica, convocou o Conselho de Segurança da ONU e mobilizou outros chefes de Estado nessa direção. Organizou a maior e mais bem-sucedida operação de resgate de brasileiros(as) numa região de conflito em nossa história“, lembrou.
É impressionante a quantidade de mentiras que a extrema direita e seus porta-vozes, inclusive na mídia, vêm espalhando desde o início dessa guerra na Faixa de Gaza. Manipulações cretinas misturam religião com ideologia e geopolítica, falseando os fatos e a história, na tentativa de apresentar o PT e o governo do presidente Lula como supostos vilões de uma guerra em que lutamos exclusivamente pela paz e pelos direitos humanos.
O presidente Lula se colocou imediatamente como interlocutor de uma solução pacífica, convocou o Conselho de Segurança da ONU e mobilizou outros chefes de Estado nessa direção. Organizou a maior e mais bem-sucedida operação de resgate de brasileiros(as) numa região de conflito em nossa história. Trabalha incessantemente pelo cessar-fogo, onde está eclodindo uma crise humanitária. Lula acerta neste momento de crise, como vem acertando na missão de reconstruir o Brasil, destruído pelos que hoje mentem no submundo das redes, com repercussão na mídia. É sempre assim: incapazes de nos enfrentar no debate das políticas públicas para o povo, das ações para a retomada do crescimento e da geração de empregos; incapazes do nos enfrentar na realidade do Brasil, tentam desviar o debate para longe. Sempre mentindo e manipulando.
Que tal debater nossa própria guerra, contra a fome, a desigualdade, o desemprego e a violência? Que tal declarar guerra à mentira e à manipulação da fé e dos valores?
Para deixar claro, de uma vez por todas, esta é a posição do PT:
1) Desde sua fundação, em 1980, o PT alinha-se à posição histórica da diplomacia brasileira que é a defesa do direito de autodeterminação do povo palestino e a solução de dois estados, Israel e Palestina, convivendo lado a lado, em paz e segurança e com fronteiras internacionalmente reconhecidas.
2) Também desde sua fundação, o PT apoia a causa palestina, pela devolução dos territórios ocupados e a sobrevivência digna de seu povo. Sempre entendemos que esta é uma questão humanitária e de respeito à democracia, aos direitos humanos, aos tratados internacionais e resoluções da ONU na direção da paz.
3) O PT mantém diálogo público com diversas entidades representativas do povo palestino e, da mesma forma, com entidades dos judeus. Temos palestinos, árabes e judeus atuando no partido, de forma democrática e tolerante.
4) Já esclarecemos que não mantemos relações com grupo Hamas e também não o declaramos uma “organização terrorista”. Nem o governo brasileiro pode fazê-lo. Essa caracterização compete à Assembleia Geral da ONU, que não adotou tal resolução quando apresentada.
5) O PT declarou-se solidário às vítimas em Israel e na Faixa de Gaza. Condenamos tanto o ataque do Hamas quanto a resposta do governo de Israel, pela violência contra civis de ambos os lados, e alertamos para a gravíssima crise humanitária em Gaza, que irá se transformar, se nada for feito pelas autoridades mundiais, num dos maiores genocídios da nossa história.