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Assessora do PT que combateu militarização das escolas e criticou aumento salarial de vereadores é exonerada da Câmara de Guarapuava

Uma assessora da vereadora de Guarapuava Cris Wainer (PT) foi exonerada após combater a militarização das escolas proposta por Ratinho Jr. e criticar o aumento salarial dos vereadores aprovado pela Câmara Municipal. Nesta semana, a casa elevou a remuneração dos parlamentares de R$ 11.036,25 para R$ 15.471,77.

A assessora foi combativa contra a militarização de uma escola no município, reduto de outro vereador ligado ao presidente da Câmara, Pedro Moraes (Republicanos), e compartilhou nas redes sociais matérias criticando o aumento salarial.

O PT de Guarapuava elaborou uma nota de repúdio contra a exoneração da servidora pelo presidente da Câmara.

Na nota, o partido afirma que repudia a decisão arbitrária de exoneração da assessora e diz que o ato levanta sérias questões sobre a autonomia dos mandatos legislativos e o respeito aos profissionais que dedicam seu trabalho em prol da comunidade.  “A exoneração abrupta, sem justificativas e, aparentemente, de forma arbitrária, suscita preocupações quanto ao respeito aos princípios democráticos e à transparência no exercício do poder legislativo local”, afirma o documento.

O PT de Guarapuava defende que a autonomia dos mandatos parlamentares é essencial para o pleno exercício da democracia, e a interferência indevida em processos internos pode comprometer a representatividade e a eficácia das ações dos vereadores eleitos pelo povo.

“Ainda, destacamos que a Bancada do PT na Câmara Municipal de Guarapuava é composta por duas mulheres, sindicalistas e combativas, com uma assessoria composta majoritariamente de mulheres (das quatro nomeações, três são mulheres), o que foi uma opção política das vereadoras. Neste sentido, por serem mandatos construídos por mulheres, também se apresentam indícios de perseguição política decorrente de gênero, tendo em vista que a exoneração dificulta a execução das ações do mandato da Vereadora Cris Wainer e da Bancada do PT, sobrecarregando ainda mais as demais assessorias e as próprias vereadoras, o que não ocorreu com nenhum dos dezessete vereadores homens”.

Por fim, a nota exige explicação nítida, coerente e transparente para a decisão de exoneração, a fim de assegurar à população de Guarapuava a confiança de que as ações dos representantes eleitos estão em conformidade com os interesses da comunidade.

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