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Oposição salva Assembleia Legislativa em ano caótico

Se a Assembleia Legislativa tem algum motivo para se orgulhar em 2023, é da atuação da bancada de Oposição, formada por parlamentares do PT e PDT. Foi um ano conturbado, com uma extrema-direita baixando o nível e promovendo debates rasteiros e pautas regressistas, e culminando com o presidente da Casa exposto a uma denúncia pesadíssima de corrupção.

No centro desse furacão, com nomes novos e outros experientes, o bloco de Oposição teve uma atuação firme e não deixou barato as ações do governo Ratinho Jr. para sucatear o estado – seja privatizando, terceirizando ou diminuindo investimentos em áreas importantes, ao passo em que aumentou impostos e penalizou o setor produtivo.

É verdade que Ratinho Jr. conseguiu tudo que queria – afinal, a Oposição tem apenas 8 membros, de um total de 54 deputados. Mas não sem enfrentar denúncias e passar por constrangimentos e ter a sua verdadeira faceta e contradições desvendadas.

O apoio às pautas retrógradas do governador custou caro para a situação e muitos deputados carregarão para sempre o desgaste em ter apoiado temas como a venda da Copel, num processo repleto de falhas e duramente denunciado pela Oposição.

Nos debates mais técnicos, destacaram-se os deputados Arilson Chiorato e Requião Filho, ambos do PT, este último liderando a bancada de maneira combativa.

A pauta da educação teve forte atuação de Ana Julia – uma excelente novidade no parlamento, com atuação elegante, porém firme – Professor Lemos e Requião Filho. Ana Julia ainda levantou temas fundamentais, como os desafios da juventude.

Dr. Antenor se notabilizou na defesa do governo Lula, batalha enfrentada também por Chiorato, Ana Júlia e Luciana Rafagnin, entre outros. A reforma agrária foi outro tema abordado com frequência pelo parlamentar, assim como por Luciana e Goura.

Na questão ambiental, de saúde e mobilidade urbana, mais uma vez o deputado Goura se destacou, trazendo debates importantes e modernos à Casa de Leis, como a questão do uso medicinal da canabis.

A questão da desigualdade social foi enfrentada por todos da bancada, assim como a defesa do funcionalismo público.

Renato Freitas, o deputado mais visado pela extrema-direita, precisou ter nervos de aço para comandar o debate da questão racial, preconceito e violência policial, além, claro, de enfrentar com coragem o presidente da Assembleia, Ademar Traiano.

Denúncias

A bancada trouxe inúmeras denúncias contra o governo Ratinho Jr. Requião Filho revelou o caso da Lotopar. Chiorato denunciou irregularidades na privatização da Copel e na venda de terrenos do Porto de Paranaguá. Ambos cobraram transparência na política de desoneração fiscal para grandes empresas. Renato trouxe à tona o caso de corrupção envolvendo Traiano.

Outros deputados que não compõem o bloco também tiveram atuação digna, caso de Romanelli.

O líder do governo, atualmente Hussein Bakri, nunca teve tanto trabalho. O governo Ratinho Jr. sentiu a pressão de uma Oposição forte. 2024 promete. Com essa atuação firme, o governador terá muito o que responder à sociedade. E seu líder terá de sapatear para explicar algumas coisas que são inexplicáveis – como o fato de um governador de direita, com discurso neoliberal e defensor da diminuição do estado, aumentar impostos.

Uma resposta

  1. Infelizmente os deputados da extrema direita tem ainda o fantasma do Bolsonaro na cabeça, hipocritas, vivem de bravatas, mentirosos e tem mais o presidente da Câmara e um homem sem valor, eu creio que ele se reelege porque o povo é alienado , está e a verdade.

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