Nesta terça-feira (20/02), a partir das 10h, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná deve votar o pedido de cassação contra o deputado estadual Renato Freitas (PT). O petista responde processo por quebra de decoro parlamentar proposto pelo presidente da Casa, Ademar Traiano. A deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT) é suplente do conselho, mas participa do julgamento. Ela defende a absolvição total de Freitas, sem qualquer tipo de advertência, mesmo que por escrito. Nesse caso, o processo seria arquivado.
No ano passado, Freitas teve um embate com Traiano durante uma sessão. Em meio à discussão, o parlamentar teve a palavra cassada e respondeu chamando o presidente da Casa de corrupto. Semanas depois, Freitas trouxe à tona um caso de corrupção no qual Traiano aparece como réu confesso.
“Qualquer definição que não seja o arquivamento do processo contra o Renato será uma injustiça”, afirma a deputada Ana Júlia.
No final do ano passado, dentro do Conselho de Ética, Ana Júlia formulou voto em separado no qual pediu justamente o arquivamento do processo e a absolvição do deputado. “Entendemos que ele apenas cumpriu o seu dever enquanto deputado e denunciou um caso de corrupção que chegou ao seu conhecimento. Não tem cabimento que ele seja perseguido e retaliado por isso”.
A deputada lembra que a denúncia de Renato ocorreu em meio a ataques racistas e à cassação da palavra dele pelo presidente da Assembleia. “Como todos os deputados, Renato tem direito a expor suas opiniões e lutas. No entanto, de maneira inédita na Assembleia, ele teve a sua palavra cassada, ferindo suas prerrogativas parlamentares, o que é inadmissível”.