O ex-deputado estadual e apresentador de programa policial Paulo Roberto da Costa, o Galo, teve a filiação ao PT (Partido dos Trabalhadores) negada por unanimidade nesta terça-feira, dia 27, pelo diretório estadual do partido no Paraná. Ele pretendia disputar a prefeitura de Paranaguá pela legenda nas eleições deste ano.
O ex-parlamentar encontrou forte resistência para ingressar no partido. Nos últimos dias, circularam nos grupos de Whatsapp vídeos dele criticando o PT e apoiando o ex-presidente Bolsonaro. Também houve um abaixo-assinado pedindo para que a filiação fosse negada.
O manifesto contra Galo colheu cerca de 200 assinaturas. O documento argumentou que “não é possível vislumbrar os critérios de aceitação da referida filiação a um partido que nasceu para servir aos interesses das Classes Trabalhadoras. Isto porque a trajetória política do sr. Galo atesta que ele sempre esteve a serviço dos projetos neoliberais que destroem direitos de trabalhadoras e trabalhadores”.
O documento ainda lembrou que Galo era deputado estadual pelo PP (Partido Progressista) em novembro de 2022 quando foi favorável à privatização da Copel na Assembleia Legislativa do Paraná.
“As notícias são de que Galo se filiou ao PT de Paranaguá visando concorrer à Prefeitura daquele município. Não importa em qual cidade da Federação, aceitar a filiação de quem, em sua atuação como comunicador sempre tratou publicamente o PT como inimigo, somente para poder ganhar a eleição, significa na prática tratar nosso partido como se fossemos uma mera legenda, cujos procedimentos internos estão totalmente subordinados às dinâmicas eleitorais. Afinal, uma coisa é fazer uma aliança com inimigos de nossos inimigos; outra coisa é trazer para dentro do nosso Partido quem, lidando diariamente com a formação da opinião pública, passou anos nos acusando quando isso era conveniente, e, de forma visivelmente interesseira, tenta se utilizar do Partido agora, quando os ventos mudaram”, afirma o manifesto.