A Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) extinguiu nesta terça-feira (21) mais uma das condenações do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) no âmbito da Lava Jato.
Com a decisão, Dirceu fica a um passo de recuperar os direitos políticos, o que permitiria assumir cargos públicos e disputar eleições. Ele ainda precisa enfrentar uma última condenação da Lava Jato, que está sob análise do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“Fui cassado por razões políticas e sem provas. Sofri processos kafkianos. Seria justo voltar à Câmara. Mas só vou tomar essa decisão no próximo ano. Neste momento, há outras prioridades políticas a serem enfrentadas.”
No final de 2023, Dirceu obteve outra vitória. O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Fábio Nunes de Martino, absolveu o ex-ministro no processo em que ele era acusado de lavagem de dinheiro em contratos com as empreiteiras Engevix e UTC.
De acordo com a sentença, o Ministério Público Federal (MPF) não apresentou provas que comprovassem a prática de lavagem de dinheiro por Dirceu. A denúncia foi oferecida ainda em 2017, também no âmbito da Operação Lava Jato.
Dentro do PT, há expectativa quanto ao futuro político de Dirceu. Aos 78 anos, ele é um dos maiores líderes da história do partido. No primeiro governo Lula, foi ministro da Casa Civil de 2003 a 2005, quando teve o seu mandato cassado pelo plenário da Câmara, no meio do que a grande imprensa chamou de mensalão. Em seguida, foi condenado duas vezes por Sérgio Moro na Lava Jato.