Professor Lemos pede vista e adia votação de projeto que privatiza escolas na Comissão de Educação

Foto: Alep

O deputado Professor Lemos (PT) pediu vista ao projeto de lei 345/2024, de autoria do governo estadual, que transfere a gestão das escolas públicas paranaenses para a iniciativa privada. Durante reunião da Comissão de Educação na manhã desta quarta-feira (29), o deputado argumentou que o projeto é danoso ao interesse público. 

“Nós pedimos vista para que os membros desta comissão se convençam de que este projeto é danoso ao interesse público e não favorecerá a aprendizagem. É um grande retrocesso para a nossa educação pública”, justificou. 

Lemos disse que irá apresentar voto contrário na próxima reunião da comissão que acontece na semana que vem. “Vamos apresentar voto contrário para que este projeto não siga tramitando na Casa. Não tem como fazer emendas porque o princípio desta proposta não presta para o interesse público”, disse.

A próxima reunião da Comissão de Educação acontece na segunda-feira (3), às 13h30h.

“O projeto do governo estadual já vem com uma mentira quando ele diz que o programa se chama “Parceiro da Escola”, ora, isso não é verdadeiro, não tem nada de parceria. O governo escreve aqui que quer repassar com autorização desta casa recursos públicos para empresários administrarem as nossas escolas. Nunca precisou remunerar empresários com dinheiro da educação. Agora o governo entende que é importante. Certamente os empresários estão aplaudindo, os mesmo que usam a educação para enriquecer. Usam a educação como mercadoria e não como um direito da população. Um meio para auferir lucro”, disse Lemos.

“É um absurdo, um atentado contra o interesse público. Nos vimos este filme. Não basta o estrago que já fez com as 14 empresas que contratou para contratar funcionários de escola. Agora colocar empresários para pegar o dinheiro da educação, dinheiro este que nós lutamos para ampliar no estado através da destinação de impostos para a educação. E quer fazer isso com urgência urgentíssima. O governo não quer fazer o debate com a Assembleia e nem com a população. Somos contra essa proposta e a maneira como está sendo conduzido o processo”.

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