Secretário de Educação irá à Assembleia Legislativa dar explicações sobre a privatização da educação

Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

Um acordo articulado pela deputada Ana Júlia Ribeiro (PT) assegurou a presença do secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda, na Assembleia Legislativa para dar explicações sobre a privatização nas escolas, denúncias de perseguições a educadores e sigilo nos documentos da pasta.

Nesta segunda-feira, a deputada protocolou um requerimento no qual convocava o secretário de Educação Roni Miranda. O documento foi assinado por todos os deputados de Oposição, mas não chegou a ser votado, pois houve acordo com a liderança do governo para que houvesse a participação do secretário no formato de convite.

“A participação do secretário, ainda que tardia e depois da aprovação da privatização da educação, é fundamental. São muitas questões e ele tem muito a explicar a sociedade sobre esse projeto tão danoso para a nossa educação. Queremos indagá-lo, ainda, sobre a perseguição a professores, bem como sobre o sigilo nos documentos da secretaria”, disse a deputada.

O líder do governo na Assembleia, Hussein Bakri, falou sobre o acordo. “Não existe na Casa tradição de convocação. Conversamos com a deputada sobre fazer um convite e conversei com o secretário para ele estar presente. Fizemos um acordo e ele vai estabelecer uma data dentro da agenda dele. As coisas estão muito quentes e vamos fazer uma avaliação”.

Perseguição

Segundo a deputada, desde a deflagração da greve na educação pública do Paraná, que se iniciou no dia 3 de junho e terminou no dia 5 de junho, são inúmeras as denúncias sobre perseguição por parte da SEED (Secretaria de Educação do Paraná) a professores, funcionários e diretores que participaram das mobilizações.

A violência institucional por parte da SEED, afirma Ana Júlia, se intensificou após a aprovação, no dia 4 de junho, do projeto que privatiza escolas.

“Prestamos nossa solidariedade aos educadores que têm sofrido perseguição por lutarem pela educação pública, emancipadora e de qualidade. Estamos trabalhando na apuração dos casos, para então denunciá-los ao MPT (Ministério Público do Trabalho). Estamos, também, em contato com a APP Sindicato e outros parlamentares, estudando ações que possam ser tomadas em conjunto”.

Uma resposta

  1. Tal ataque à educação pública do Paraná precisa ser barrado a qualquer custo. É um roubo do dinheiro público.
    Sem perseguições e punições.
    Sem falta aos grevistas

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