Tudo indica que Eduardo Pimentel (PSD) terá mesmo como vice Paulo Martins (PL) na disputa pela prefeitura de Curitiba. Levados pelo governador Ratinho Junior, ambos se reuniram em Porto Alegre, nesta sexta-feira, dia 26, com o ex-presidente Bolsonaro, indicando que o acordo está selado.
A definição isolou o prefeito Rafael Greca, contrário a aproximação com o bolsonarismo radical. Greca queria indicar um vice próximo a ele. O nome seria Marilza Dias, ex-secretária de Meio Ambiente. No entanto, parece que o prefeito não conseguiu emplacá-la na disputa, levantando a questão: o prefeito continuará dando apoio a Pimentel e, se sim, em que medida?
As convenções do PSD e PL, que devem formalizar a aliança entre Pimentel e Martins, já têm suas datas marcadas em Curitiba: dias 1º e dia 3 de agosto, respectivamente.
A relação política entre o prefeito de Curitiba e o vice Eduardo Pimentel vem tendo estremecimentos. Enquanto Greca detonou recentemente o governo de Bolsonaro, dando recado que não aceitará a indicação de Paulo Martins, do PL, no posto de candidato a vice, Pimentel se abraçou com Bolsonaro.
O prefeito insinuou que o PL não é a turma dele. Ele disse que as trevas do mal e da morte, durante o governo Bolsonaro, banalizaram a vida. “A mentalidade de negar a vida não faz parte da nossa turma”.
A ofensiva de Greca pode ser considerada uma aposta alta, mas ele se sustenta em sua alta aprovação para conseguir influenciar os rumos das alianças políticas.
O que está em jogo não é apenas a eleição em Curitiba, mas também a disputa de 2026, na qual Greca tenta viabilizar uma candidatura ao governo do Estado ou ao Senado.