Ao desistir de sua pré-candidatura à Prefeitura de Maringá, o deputado estadual Paulo Rogério do Carmo, do União Brasil, disparou críticas ao senador Sergio Moro, do mesmo partido. O ex-juiz interviu contra a candidatura citando “suspeitas de conduta criminosa”. Ele defende que a legenda adote uma postura de neutralidade no município.
Do Carmo diz ser vítima de racismo e chamou o senador de traidor. “Eu estou sendo vítima de racismo seu. Você quer transformar o molequinho e o negrinho de vila em delinquente e marginal, mas comigo o senhor não vai fazer”.
Moro, por sua vez, mencionou o histórico de policial de Do Carmo para vetar a candidatura. “Ética e honestidade são fundamentais. Por isso, não permitirei que em minha cidade meu partido tenha um candidato sobre quem recaem suspeitas de conduta criminosa”, afirmou, em nota
De acordo com Moro, Do Carmo foi acusado de extorquir sacoleiros e receber suborno à época que integrava os quadros da Polícia Militar. “Após apuração, a Comissão Disciplinar da PM concluiu por expulsar Do Carmo – que se desligou da corporação antes da penalidade. Essa é a única razão de minha atitude contrária à candidatura deste cidadão”.
Do Carmo diz que as acusações são inverdades. “Eu tenho muito orgulho do sargento que eu fui na Polícia Militar do Paraná. Saí por pessoas como você [Moro], sem escrúpulos, sem moral e sem histórico algum de lealdade com alguém”.
O deputado chamou o ex-juiz de traidor. “Não fui eu que traiu o presidente Bolsonaro. Não fui eu que traiu o senador Álvaro Dias, que te sustentou politicamente por vários anos”.
E ainda se referiu aos gastos de Moro na pré-campanha de 2022, os quais originaram um pedido de cassação do senador por suposto abuso de poder econômico. “Não sou eu que transferi mais de R$ 1 milhão para conta do meu suplente a senador. E não sou eu quem vai trair o povo maringaense com uma confusão que o senhor quer fazer agora para justificar o seu ato”.
Do Carmo também lembrou que Moro responde a diversos processos. “A verdade prevalece e mais uma vez ela irá prevalecer. O seu histórico a população do Paraná e a população do Brasil já sabe”.
Por fim, Do Carmo conclamou Moro a ter coragem e falar a verdade para o povo paranaense, para “limpar um pouco o seu histórico de traição”.
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