Ducci presta queixa-crime contra Eduardo Pimentel pedindo investigação sobre assédio contra servidores

O candidato a prefeito de Curitiba Luciano Ducci (PSB) compareceu ontem à sede da Polícia Federal, em Curitiba, para prestar uma queixa-crime pedindo investigação contra assédio moral e financeiro da campanha de Eduardo Pimentel que, conforme Ducci, vem coagindo servidores públicos municipais a fazerem doação para fundo de campanha às vésperas da eleição.

“Curitiba não merece um prefeito que assedia seus servidores!”, afirmou o candidato.

“Repudiamos todo e qualquer assédio, em especial, direcionado aos servidores públicos. Pressionar, coagir, ameaçar, forçar qualquer um a votar em qualquer candidato, assim como forçar a apoiá-lo ou a fazer doações é crime. Denuncie!”, comentou Ducci.

O candidato Ney Leprevost (União Brasil) informou nas suas redes que também faria denúncia contra Pimentel. Ele disse que a representação aconteceria na Polícia Federal.

O caso

Uma matéria divulgada pelo portal metrópoles mostra que servidores da prefeitura de Curitiba foram coagidos a doar recursos para a candidatura de Eduardo Pimentel (PSD), atual vice-prefeito da cidade. Um servidor chegou a chorar e a quase desmaiar diante da notícia de que teria que contribuir com R$ 3 mil, alegando estar endividado. Outra servidora contestou e disse que a prática era ilegal e que nunca tinha visto algo parecido em 30 anos de funcionalismo.

Áudios obtidos pelo Metrópoles mostram que o superintendente de Tecnologia da Informação da prefeitura, Antônio Carlos Pires Rebello, informou aos servidores que eles teriam que comprar convites de R$ 3 mil para um jantar da campanha, que aconteceu no dia 3 de setembro. As transferências, segundo o áudio, deveriam ser para o Pix do PSD.

Rebello orientou que os servidores fizessem o repasse por contas bancárias de parentes ou amigos próximos, para que não fossem identificados. O superintendente de Tecnologia da Informação disse ainda que o esquema era “ajuda para a campanha” e que seria “melhor do que fazer caixa 2”. O funcionário ainda alegou que o repasse não seria ilegal, mas foi questionado por servidores.

No início da tarde, após a publicação, Rebello foi demitido.

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