Vereadoras de Oposição lamentam “redução de forças” na Câmara com saída do PDT; partido ingressou em bloco com MDB e Republicanos

Vereadoras da Oposição na Câmara de Curitiba, agora formada apenas por parlamentares do PT, PSOL e PSB, lamentaram a redução de forças após a saída do PDT. A legenda decidiu, na última sexta-feira, dia 31, compor um bloco parlamentar junto com o MDB e Republicanos

Nota assinada pelas vereadores Camila Gonda (PSB), Giorgia Prates (PT) e Professora Angela (PSOL) destaca que criação do novo bloco dissolve o agrupamento que havia sido constituído durante a formação da mesa diretora da Câmara Municipal de Curitiba, em 2 de janeiro de 2025. A medida, segundo as vereadores, reduz a representação progressista na casa de 7 para 5 vereadores que compõem essa frente – além das três vereadores, ainda integram o grupo Angelo Vanhoni e Vanda de Assis, ambos do PT.

Para a Oposição, o movimento também fortalece a base de apoio do governo, colocando o MDB, o PDT e os Republicanos ao lado do Executivo Municipal, “em um agrupamento de nítida convergência com os direcionamentos da cartilha da Prefeitura”.

“A nova composição, pela qual aderiram os parlamentares da sigla PDT, mantém a mesma quantidade de vereadores (7) que estes possuiriam caso optassem por permanecer no bloco progressista. Isso significa dizer que a união entre MDB/PDT/REPUBLICANOS não garante maior participação do PDT nas comissões, pois as vagas são garantidas pelo critério de proporcionalidade, conforme o regimento da casa. Ao contrário disso, apenas fortalece a bancada da base alinhada com a Prefeitura, que terá a possibilidade de ocupar todos os 10 espaços representativos, enquanto o bloco progressista ocupará apenas 5 espaços de debates nas comissões. A decisão reflete uma mudança de postura política que enfraquece a resistência e o diálogo, o que resulta em um alinhamento que prioriza os interesses do governo e não os do povo”.

Por fim, as vereadoras dizem respeitar a autonomia do partido, mas lamentam o que chamara de redução de forças, “reconhecendo a importância de continuar o enfrentamento em defesa da justiça social, do meio ambiente e dos direitos de toda a população, especialmente daquelas e daqueles que mais sofrem com as políticas do governo atual. Seguimos comprometidas com a construção de uma oposição programática e propositiva a fim de defender a classe trabalhadora, a justiça social, o meio ambiente e a igualdade, ao lado do povo de Curitiba, sempre com muito diálogo e transparência”.

PDT

Em nota, a vereadora Laís Leão disse que a decisão tem o objetivo de garantir que o PDT tenha presença nas comissões da Casa consideradas estratégicas para as pautas defendidas pelo partido, como Urbanismo e Meio Ambiente.

“A posição do PDT na Câmara Municipal de Curitiba é de independência, como foi nas legislaturas anteriores, garantido liberdade de decisão em votos e posicionamentos. A decisão não obriga adesão do partido aos posicionamentos do bloco. A vereadora manterá posição de independência para avaliar cada projeto, sempre com o rigor do olhar técnico e compromisso com os valores defendidos ao longo de sua trajetória pessoal, profissional e política”.

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