Líder da Oposição cobra responsabilidade no uso da tribuna e defende foco nas pautas do Paraná

O deputado Arilson Chiorato (PT), Líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), defendeu nesta segunda-feira (5) que a Casa concentre seus esforços nas pautas que realmente impactam a vida da população paranaense. Ele alertou para o risco crescente da tribuna do Plenário se tornar um espaço de radicalização política e propagação de desinformação. “A Assembleia precisa tratar do que importa para o povo, e não se prestar a alimentar mentiras e extremismos ideológicos”, afirmou.

De acordo com o parlamentar, a insatisfação com esse cenário vai além da Oposição. “Conversei com muitos deputados que não são do meu partido. A maioria também está indignada com o que a Assembleia está se tornando”, disse. Ele apontou que o Parlamento vem sendo usado para discursos vazios, que geram repercussão apenas nas redes sociais e pouco contribuem para resolver os problemas reais do Estado.

Fake news esvaziam o papel do Parlamento
O deputado Arilson também criticou o uso recorrente de conteúdos falsos ou distorcidos no plenário. “Tem deputado que sobe na tribuna com vídeo do ‘zap’ [WhatsApp], sem dado, sem documento, apenas para viralizar nas redes. Isso enfraquece o papel do Legislativo e compromete a credibilidade da Casa”, afirmou.

O Líder da Oposição ressaltou que esse padrão não é isolado. “É uma estratégia articulada que se repete em assembleias e câmaras pelo Brasil. Uma ofensiva contra a política como espaço de construção coletiva, que prioriza o ataque em vez do diálogo.”

Investigar com autonomia é sinal de democracia
Ao comentar a operação da Polícia Federal (PF) sobre desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o parlamentar destacou que os fatos investigados remontam ao período entre 2019 e 2022, quando órgãos de controle foram fragilizados e associações atuaram sem fiscalização. “O discurso era de combate à corrupção, mas, na prática, o que se combatia era a investigação”, afirmou. O Líder da Oposição na Alep reforçou que hoje o cenário é diferente, com as instituições funcionando e apurando com independência, “sem interferência política”.

Para o deputado Arilson, tentar transformar esse processo em uma crise do governo atual é uma tática para desviar o foco dos reais responsáveis. “A verdade está vindo à tona. Agora há apuração, há provas, há transparência. Quem cometeu erros deve ser responsabilizado.”

Assembleia deve servir ao interesse público, não à desinformação
O parlamentar reafirmou que a política precisa estar a serviço do povo, não de narrativas fabricadas para gerar cliques ou reforçar extremismos. “Não podemos cair no conto da sereia bolsonarista. A tribuna não pode ser usada para distorcer fatos e atacar instituições que estão fazendo seu trabalho.”

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