Justiça do Paraná suspende o edital de credenciamento do Parceiro da Escola

A Justiça paranaense concedeu nesta quinta-feira (16) liminar para suspender o Edital de Chamamento Público 17/2024 do Parceiro da Escola e todos os atos dele decorrentes. A juíza Diele Denardin Zydek, da 5ª Vara da Fazenda Pública, considerou que o Edital viola a Constituição Federal ao prever a contratação de professores e pedagogos pelas empresas que assumiriam as escolas que o governo Ratinho Junior quer privatizar.

A derrota de Ratinho Jr e a vitória da comunidade escolar e organização popular

Forças populares avaliam como uma vitória da educação pública a derrota parcial do projeto privatista da Educação de Ratinho Jr. O resultado da “consulta” oficial, entre aspas, às comunidades escolares no Paraná, de acordo com a APP-Sindicato, de 177 escolas onde ocorreram as votações, em apenas 11 (6,2%) houve aceitação da proposta do governo.

Denúncias de coação, direito ao voto e briga judicial marcam o início das consultas sobre a privatização das escolas

Truculência por parte da Secretaria de Educação em reuniões com pais, silenciamento dos estudantes, envios frequentes de mensagens por celular, visitas pessoais na casa de familiares e processo contra alunos. . É neste clima de coação que se iniciam nesta sexta-feira, dia 6, as consultas sobre a privatização das escolas, conforme a deputada Ana Júlia Ribeiro (PT-PR). Como se não bastasse, nesta quinta-feira, dia 5, a secretaria publicou uma resolução que busca impedir até mesmo a panfletagem em frente aos colégios, o que afronta a Constituição

Ratinho Junior é denunciado na Organização Internacional do Trabalho por retaliações à greve dos educadores

A CUT e demais centrais sindicais protocolaram uma denúncia formal na Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra o governo estadual do Paraná e seu governador, Ratinho Junior (PSD), por “práticas antissindicais, ataque ao direito de greve, violência contra a professores e professoras e ameaça à liberdade da presidenta do APP-Sindicato, entidade que representa a categoria”.

APP fala em ataque judicial e mantém greve

A APP Sindicato afirmou, por meio de nota, que está acompanhando o que chamou de movimentos de ataque judicial contra a categoria. Neste sábado, uma liminar da desembargadora Dilmari Kessler acatou pedido do governo e decidiu suspender a greve dos professores com início programado para esta segunda-feira. Apesar da decisão, a APP mantém a paralisação contra a privatização da educação proposta pelo governo de Ratinho Jr e disse que está preparada para agir em todos os processos.