97% dos paranaenses desaprovam aumento do ICMS do governo Ratinho Jr.

O aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) proposto pelo governo do Paraná, em trâmite na Assembleia Legislativa, pode ser um tiro no pé do próprio governo e dos deputados estaduais favoráveis à majoração.

Uma pesquisa contratada pela ACP (Associação Comercial do Paraná), Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná), Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná), Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e Sistema Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná) mostra que 97% dos entrevistados não concordam com o aumento do imposto.

“Aumento do ICMS é traição ao povo paranaense que já está sufocado por tantos impostos”, afirma dep. Arilson

O Governo do Paraná enviou para a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) o Projeto de Lei (PL) para autorizá-lo a aumentar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de energia elétrica, água mineral, bebida alcoólica, entre outros itens. O deputado Arilson Chiorato (PT) fez duras críticas à proposta, protocolada ontem (04/12), e confrontou informações divulgadas pelo próprio Governo do Paraná, como o crescimento galopante da economia, de 8,6%.

Governadores de direita aumentaram impostos à população; Requião diminuiu

Um dos principais discursos da direita é a redução do estado e dos impostos cobrados à população. Mas, na maioria das vezes, é puro discurso vazio e eleitoreiro, como se pode observar no Paraná. Tanto Beto Richa quanto Ratinho Jr., ambos adeptos do “choque de gestão”, “eficiência no gasto público” e privatizações, aumentaram os impostos que penalizam principalmente os mais pobres.

“Estamos desarmando mais uma bomba deixada por Bolsonaro”, diz Zeca Dirceu

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (5), o regime de urgência na votação do projeto de lei complementar que prevê compensação de R$ 27 bilhões pela União aos estados em razão da queda na arrecadação do ICMS. “Bolsonaro é o grande responsável pelos problemas, pela situação difícil que passam os municípios brasileiros. Fez festa com chapéu alheio no ano passado na véspera da eleição quando reduziu o ICMS dos combustíveis, ou seja, tirou dinheiro das prefeituras, tirou dinheiro dos estados para tentar ganhar a eleição na mão grande”, disse o líder do PT e relator do projeto de lei na Câmara dos Deputados.