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Bolsonaro se torna inelegível e Brasil fica a salvo por 8 anos

O dia 30 de junho de 2023 é uma data histórica para a democracia brasileira, fortalecida após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tornar Bolsonaro inelegível por 8 anos. Quando estava no poder e mesmo depois de deixar o posto, o ex-presidente representou, desde a redemocratização, a maior ameaça às instituições brasileiras, as quais atacava dia sim, outro também, e estimulou – ao atacar o processo eleitoral e se calar sobre acampamentos de apoiadores – os atos golpistas de 8 de janeiro.

Por isso, é um alívio Bolsonaro estar fora da disputa eleitoral. Não quer dizer que ele sairá de cena. É provável que continuará atacando as instituições e disparando suas fake news de praxe para manter sua base de acéfalos fanáticos mobilizada, mesmo que em contingente cada vez menor.

Bolsonaro está vencido. Mas o bolsonarismo, não, e é fundamental continuar vigilante, pois o processo político é contínuo e, acirrado como está, não permite que se baixe a guarda.

Tornar Bolsonaro inelegível, embora importante e histórico, não é, contudo, a pena principal que o ex-presidente merece. Ele precisa pagar criminalmente pela sua conduta desumana durante a pandemia, pelos genocídios praticados contra povos indígenas estimulados pelo discurso do presidente a favor do garimpo e favorecidos pelo desmonte de estruturas de fiscalização e proteção. E por tantas outras atrocidades que o país viveu – a disparada da fome, por exemplo -, sem falar nas suspeitas de corrupção que pairam sobre o clã Bolsonaro, joias, mansões no Brasil e nos Estados Unidos, e tudo mais.

Com Bolsonaro inelegível, um político que tanto busca o apoio de evangélicos – mesmo não sendo ele um praticante – ao adotar discursos conservadores, vale lembrar, neste histórico dia 30, uma passagem bíblica: “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés” (Romanos 16:20).

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