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Governo Ratinho Jr. mantém “prédio secreto” de órgão que Oposição questiona se tem acesso a programa espião

Reprodução RPC

O governo Ratinho Jr. mantém um prédio na rua Marechal Deodoro, em Curitiba, que abriga funcionários da CGE (Controladoria Geral do Estado) – um dos órgãos que a Oposição questiona se operou um programa espião no Paraná, o mesmo utilizado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo Bolsonaro para investigar adversários, jornalistas e juízes.

O prédio não tem identificação oficial, nem mesmo portaria, e as pessoas que trabalham no local não quiseram dizer o que fazem lá dentro, conforme mostrou reportagem da RPC na noite dessa quinta-feira, dia 26.

O edifício Baracal foi alugado por R$ 1,7 milhão pelo período de junho a dezembro deste ano. O governo não informou para qual finalidade ele é utilizado.

A oposição questiona se o programa espião estaria presente na diretoria de inteligência comandada por um marroquino asilado no Brasil, conforme reportagem da RPC. Antes, ele foi assessor direto do governador Ratinho Jr. Governo não respondeu quais as qualificações do profissional nem como ele chegou ao cargo.

Nesta semana, o deputado estadual Requião Filho cobrou explicações sobre o uso do programa espião no Paraná.

A denúncia sobre o uso do software espião da empresa israelense Cognyte pelo governo Ratinho Jr aconteceu esta semana. Trata-se do mesmo sistema que, segundo investigações da Polícia Federal, vinha sendo utilizado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo Bolsonaro para espionar ilegalmente políticos, membros do Judiciário, jornalistas e adversários.

“Queremos saber se houve uso político desta ferramenta no Paraná”, questionou o líder da Oposição, deputado Requião Filho. Ele explicou que o programa foi contratado pelo governo Ratinho Jr. em dezembro de 2019, a princípio para uso da Secretaria de Segurança Pública (Sesp). Porém, em 2021, há indícios de que teria sido criada uma Diretoria de Inteligência, dentro da Controladoria Geral do Estado, órgão que assessora diretamente o governador, e que teria passado a ter acesso à ferramenta.

“Não questionamos aqui o uso de tecnologia para grampear, rastrear, acessar dados, com autorização judicial pela Polícia, que faz seu trabalho e se utiliza da tecnologia para fazer um trabalho inteligente e eficaz. Coloco em questionamento a criação de uma central de inteligência dentro da Controladoria do Estado, com capacidade de grampear pessoas sem autorização judicial”, alertou.

Assista à reportagem da RPC: https://globoplay.globo.com/v/12063653/

2 respostas

  1. Gente baixa que quer gerar golpes e guerra.
    Queremos saber o que existe de podre nesse governo do Ratinho Jr. Temos todo direito. Somos nós que pagamos o salário dele.

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