O caso de espionagem no governo Ratinho Jr. com software israelense – imbróglio que ainda tem um personagem marroquino suspeito e um “prédio secreto” – continua dando o que falar, a ponto de o próprio vice-líder do governo admitir que o episódio ganhou proporção. Na Assembleia Legislativa, começam as conversas para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
São muitas as suspeitas levantadas pela Oposição. O Revérbero também conversou com fontes especialistas em tecnologia para saber quais os pontos que devem ser respondidos pelo governo Ratinho Jr.
As perguntas que não querem calar são as seguintes:
- Quais órgãos contrataram a solução e quando se iniciou a operação?
- O que a ferramenta faz para o governo do Paraná?
- O processo de compra da solução obedeceu aos procedimentos licitatórios?
- Quem teve e tem acesso ao sistema?
- Qual a listagem de todos os telefones acessados, data e horários?
- Há cópias das decisões judiciais autorizando o acesso aos telefones?
- Quais os logs de acesso à ferramenta contendo login, data e IP?
- Existe mapa de calor dos resultados de telefones verificados ou IPs?
- Qual a quantidade de acessos mensais, com informações mês a mês e o volume de acesso?
- Como a ferramenta descobre os dados cumprindo a LGPD?
CPI
Para uma CPI ser criada são necessárias 18 assinaturas. A Oposição tem 7 parlamentares. Assim, os parlamentares do bloco teriam de conseguir outras 11 assinaturas – o que é considerado difícil, mas não impossível, uma vez que, embora a base de Ratinho Jr. tenha ampla maioria, nem todos os integrantes são absolutamente fieis e, em raros casos, votam contra os interesses do governo.
Na sessão desta segunda-feira, dia 30, o caso de espionagem marcou os debates na Assembleia Legislativa.
Uma resposta
Certeza que os próprios deputados da base do Palácio Iguaçu foram grampeados. Padrão USA.