A relação política entre o prefeito de Curitiba e o vice Eduardo Pimentel, pré-candidato para suceder Rafael Greca, parece viver momentos de tensão.
Enquanto Greca detona o governo de Bolsonaro, dando recado que não aceitará a indicação de Paulo Martins, do PL, no posto de candidato a vice, Pimentel faz acenos ao bolsonarismo e elogios ao bolsonarista.
Pimentel sinalizou que gostaria da aliança com o PL e Paulo Martins – nome defendido pelo governador Ratinho Junior, que tem relação próxima com o bolsonarismo. “É um nome que me agrada. Eu gosto do estilo de trabalho dele, que agrega bastante”, disse o pré-candidato em entrevista ao UOL. Ele ainda disse que o governo de Bolsonaro foi melhor que a atual gestão de Lula.
Greca, Pimentel e Ratinho Jr são do mesmo partido, o PSD. O prefeito, no entanto, quer uma pessoa mais próxima a ele como vice. Nos bastidores, o nome defendido é o de Marilza do Carmo Oliveira Dias, filiada ao Republicanos. Ela era secretária de Meio Ambiente, mas pediu exoneração para cumprir o período de desincompatibilização e poder disputar as eleições.
O prefeito insinuou que o PL não é a turma dele. Ele disse que as trevas do mal e da morte, durante o governo Bolsonaro, banalizaram a vida. “A mentalidade de negar a vida não faz parte da nossa turma”.
A definição precisa acontecer até o dia 5 de agosto, prazo final para as convenções partidárias. A corrida eleitoral se inicia em outubro.
A ofensiva de Greca pode ser considerada uma aposta alta, mas ele se sustenta em sua alta aprovação para conseguir influenciar os rumos das alianças políticas.
O que está em jogo não é apenas a eleição em Curitiba, mas também a disputa de 2026, na qual Greca tenta viabilizar uma candidatura ao governo do Estado ou ao Senado.
Se Greca não conseguir o que quer na eleição municipal e for contrariado, o que pode acontecer?
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